Urbanitários dizem não à PEC 241
Os trabalhadores urbanitários sabem o que significa o ataque ao Estado, pois nos anos 90 no auge do neoliberalismo as empresas do setor elétrico, mais precisamente as distribuidoras de energia foram entregues a preço vil ao capital privado. Os resultados foram: milhares de demissões, o aumento da tarifa, mortes em números alarmantes de trabalhadores terceirizados, queda na qualidade dos serviços, dentre outros.
Com a aprovação da PEC no Senado o setor de saneamento também será duramente atacado, primeiro pela falta de recursos federais para investimentos, depois com a posição dos governos estaduais para sua privatização alegando a falta de dinheiro e a necessidade de fazer caixa para pagar os juros das dividas com a união.
Desde a apresentação da PEC 241 pelo governo golpista e ilegítimo de Temer as manifestações vem acontecendo em todo país, unindo toda a sociedade, estudantes, juristas, intelectuais, artistas, e a classe trabalhadora que tem se colocado contra a sua aprovação. De acordo com a UBES ( União Brasileira de Estudantes) são mais de 1.100 escolas ocupadas, e esse número cresce a cada dia, pois os estudantes das escolas públicas sabem o que representará o conjunto de medidas representadas por essa PEC da Maldade.
O DIEESE tem mostrado o tamanho do impacto que um congelamento do orçamento público por 20 anos causará as políticas públicas como saúde, educação, saneamento básico, infraestrutura, assistência social, previdência social, salário mínimo e tantos outros. O cálculo aponta perdas de bilhões de reais nos investimentos do estado nessas políticas essenciais para o país se desenvolver de forma justa e igualitária. Deixando explícito o porquê da PEC 241ser considerada o fim do Estado Democrático de Direito e da Constituição Cidadã de 1988.
A FNU através dos seus sindicatos filiados, a CNU, a FRUNE , a FITUESP e a FURCEN devem somar forças com todos os atores sociais envolvidos, juventude, forças políticas progressistas e até mesmo a CNBB ( Conferência Nacional dos Bispos do Brasil) que já emitiu nota oficial condenando a PEC 241, por penalizar os pobres e não os ricos, para impedir que esta PEC seja aprovada. O desafio é mobilizar os trabalhadores é ir às ruas no dia 11 de novembro dando força a greve geral promovida pelas centrais sindicais, para dizer não a este crime de lesa-pátria que é a PEC 241 promovido por este governo golpista e ilegítimo.