Farra das terceirizadas segue descontrolada dentro da DESO

Escrito por Ascom/Sindisan Publicado .

Quando perguntamos se a DESO precisa aumentar o número de funcionários efetivos para que se possa atender todas as demandas da população, a resposta que nos é dada pela Gerência Executiva da própria Companhia é que estudos feitos recentemente apontam que um total de 1.500 trabalhadores dariam conta, e de sobra, de todos os serviços que a DESO necessita para desenvolver com primazia todas as suas atividades.

Daí surge uma dúvida: se o efetivo total da DESO ultrapassa a casa dos 1.700 funcionários, qual a razão para tanta deficiência e falta de funcionários para executar serviços básicos da Companhia, a ponto de se abrir as portas para um altíssimo grau de terceirizações nos serviços que deveriam ser executados por funcionários efetivos?

Será que a tão conhecida falta de gestão, aliada a um altíssimo nível de apadrinhamento político imposto no seio da Companhia responde a essas questões? Todos sabem que o advento de dois concursos públicos, realizados tão somente por força de ações judiciais movidas pelo SINDISAN, foram realizados justamente para acabar de vez com a farra das terceirizações.

Hoje notamos que tudo está se repetindo, exatamente como antes da execução dos dois últimos concursos: de motoristas, passando pelo atendimento ao cliente, operadores, e até chefes de setores, tudo está sendo terceirizado. Tem até empreiteiros oferecendo de cortesia carros para alguns chefes que falam demais, vangloriando-se que em tudo mandam, pois as ordens vêm de cima.

Enquanto isso, no interior do estado, o problema com a falta de viaturas permanece e vemos funcionários se deslocando para o campo em carros de passeio, abarrotados de ferramentas, pondo claramente as suas vidas em risco.

Então, a farra das empresas terceirizadas continua acelerada. Por que será? Quem de fato se beneficia com tudo isso? Uma coisa se sabe: a DESO é que não é! A ela cabe tão-somente reparar as ilegalidades e os erros cometidos por suas gatas e depois responder judicialmente pelos desmandos e maus serviços. Até quando isso irá continuar?

 

Finalmente acontece uma grande operação antifurto de água

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Há anos que o SINDISAN denuncia que os furtos de água que ocorrem em todo o estado iriam levar o sistema da DESO ao colapso, tanto no lado operacional quanto pelo lado financeiro. O sindicato também sempre apontou que os sucessivos perdões de dívidas patrocinados pela DESO todo final de ano, da forma que era feito, em vez de dar alguma folga nas finanças da Companhia, iria, na prática, estimular a inadimplência e desestimular aqueles que se esforçavam para manter as suas faturas em dias a parar de pagar.

O sindicato também alertava que as renúncias fiscais na DESO eram muito grande, seja devido a não cobrança de tarifas em várias localidades onde a Companhia ainda mantém o sistema simplificado de abastecimento de água, seja pelo abandono de vários imóveis de sua propriedade, priorizando o pagamento de aluguéis a terceiros.

Como todos sabem, desde o início do mês passado foi deflagrado, em todo o estado, uma “operação antifurto”, campanha essa que foi encabeçada pelo Ministério Público Estadual junto com a DESO e com as forças policiais do Estado. Foi preciso o governador tomar a iniciativa de divulgar na mídia que a situação estava insustentável para que as coisas começassem a andar.

Infelizmente, mesmo com as sucessivas denúncias, a Gerência da Companhia nunca tomou atitude alguma para coibir a farra de gatos feitos desde as adutoras até os ramais domiciliares. Viam-se apenas ações pontuais, mesmo assim de forma seletiva, geralmente no período carnavalesco ou no dia de padroeiras, nos municípios, sempre priorizando atingir apenas a população de baixa renda.

Hoje, de fato, está se fazendo o correto: uma grande operação antifurto de água. Esperamos que essa ação não fique tão somente nos becos e nas vielas das cidades, mas que chegue também nos grandes condomínios de luxo e nas mansões espalhadas por aí, como também nos bairros ditos nobres. Aí saberemos que a coisa engrenou de verdade. Aguardemos para ver.

 

Itabaiana: Câmara Municipal promove debate sobre o tratamento e o consumo de água

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A Câmara Municipal de Itabaiana debateu, no último dia 25/3, o tratamento e o consumo de água no em Sergipe. Foram convidados para discussão o presidente do SINDISAN, Sílvio Sá, o gerente operacional da Regional Centro-Oeste da DESO, Vitor dos Santos Almeida, o químico industrial Marcelo Lima e o coordenador de Produção da DESO, Manoel Ciro Vieira, ambos da mesma Regional.

Marcelo Lima falou sobre a questão da água no estado, especialmente no município de Itabaiana, tirando dúvidas sobre o relatório do Sistema de Informação de Vigilância da Qualidade de Água para Consumo Humano (Sisagua), do Ministério da Saúde (MS). Marcelo defendeu a qualidade da água que é servida pela DESO aos habitantes de toda a Regional Centro-Oeste.

Vitor dos Santos Almeida falou sobre a necessidade de ampliar a substituição das redes de água em Itabaiana, como também dos investimentos na construção de uma nova ETA em Areia Branca, além das obras de esgotamento sanitário e substituição de redes de amianto.

Já Manoel Ciro Vieira falou sobre hidrômetros e as ações que a DESO realizará para evitar possíveis problemas futuros quanto a erros de leitura. Ele também tirou outras dúvidas sobre a área Comercial.

O companheiro Sílvio Sá, presidente do SINDISAN, também participou do debate. Ele da disponibilidade hídrica para abastecer o estado e sobre a polêmica em torno da possível privatização da DESO.

“Foi uma boa discussão. Além de alertar para os riscos de a DESO ser privatizada, aproveitei para dialogar com os vereadores e com o público presente sobre a MP 868/2018, do saneamento, que está tramitando no Congresso Nacional e que traz muitas preocupações”.

Perímetro Califórnia: estão cobrando taxa de limpeza de forma totalmente descabida

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“Atenção, senhores servidores, a gerente do Perímetro Califórnia pede a contribuição de R$ 50,00 mensal, a partir desta data, de cada servidor que usa a cozinha e as dependências do escritório, para ajudar no pagamento de Aparecida, caso não conseguirmos juntar o valor, teremos que dispensar os serviços da mesma. Atenciosamente, a gerência.”

O texto acima, publicado aqui na íntegra, foi remetido, via aplicativo Whattssap, para todos os funcionários que trabalham no Perímetro Califórnia, em Canindé do São Francisco. Trata-se de uma solicitação completamente descabida, mesmo sabendo que se trata de um mero pedido de contribuição, portanto, não é obrigatório.

Primeiro, porque não cabe aos funcionários do Perímetro fazer este tipo de ação para manter o seu ambiente de trabalho limpo, já que a lei é bem clara quanto a isso: a obrigação de zelar, quanto às instalações, manutenção e conservação, incluindo aí o serviço de faxina diária, cabe unicamente ao empregador, e o custeio dessa obrigação também é do empregador. É dele a obrigação de manter as dependências do ambiente de trabalho em condições perfeitas de salubridade, onde os trabalhadores possam desempenhar, sem risco algum à sua saúde, as suas atividades laborais.

No caso em questão, trata-se tão somente da velha falta de gestão, onde quem deveria chamar para si a responsabilidade, simplesmente está jogando a obrigação para o lado dos trabalhadores, apelando, inclusive, para o lado sentimental das pessoas, pois sabe-se que a situação põe na roda um trabalhador que presta serviços sem vínculo empregatício alguma, o que, ainda por cima, é ilegal e deve ser revisto.

Que soluções administrativas que contemplem todos os envolvidos sejam apresentadas o quanto antes!

ETE Jardim: depois de vários levantamentos, o total abandono

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Enquanto uma parcela da Direção da DESO fica imaginando como criar novos cargos, pensando unicamente como beneficiar indicações políticas e amigos mais chegados, muitas unidades da Companhia, na Capital e no interior, definham a cada dia, caminhando a passos largos para o total abandono.

E não precisamos ir muito longe para atestarmos isso: basta ir na ETE do Conjunto Jardim, em Nossa Senhora do Socorro. Depois de diversas visitas dos técnicos da Companhia, segundo atestam, para fazer os famosos "levantamentos" – que, sendo fora da lotação de origem, com algumas exceções, só servem para engordar os contracheques de alguns com diárias, acompanhada de gordas horas extras –, nada mais foi feito por lá.

Ninguém mais deu as caras e até uma única torneira, onde os vigilantes saciavam a sua sede, foi roubada pelos larápios que por lá aparecem, quase que diariamente, para infernizar a vida dos pobres trabalhadores.

Infelizmente, essa é a triste realidade da nossa Companhia de Saneamento. Até quando?