Direção do SINDISAN se reúne com o governador para tratar da DESO

Escrito por George W. Silva / Ascom-Sindisan Publicado .

A direção do SINDISAN, acompanhada do deputado federal João Daniel (PT) e do economista Luís Moura, do Dieese, reuniu-se, na última quinta-feira (11), com o governador Belivaldo Chagas, para tratar de pautas de interesse dos trabalhadores da DESO e a defesa da empresa como pública, diante da entrevista, dada recentemente pelo governador, em uma rádio local, na qual colocou que poderia vir a "arrendar" a DESO por 20 anos ou recolocar a Companhia no programa de desestatização do BNDES.

Além do presidente Sílvio Sá, do secretário-geral Sérgio Passos, da diretora de Administração e Finanças Iara Nascimento, e do companheiro da direção Edson Barreto, participou da reunião também, o diretor da área Comercial da Regional Norte, Raimundo Cardoso Filho.

Os dirigentes sindicais ouviram o governador, que colocou os diversos problemas que tem detectado na Companhia e, na sua opinião, boa parte deles, injustificáveis, como é o caso do excesso de horas extras e também de ligações clandestinas de água. Belivaldo afirmou que exigirá dos diretores da DESO metas a serem cumpridas até o final do ano. Caso elas não sejam cumpridas, sinalizou que pode vir sim a arrendar a Companhia, mas insistiu que não está nos planos nenhuma privatização.

Também colocou que achou um erro o ex-governador Jackson Barreto ter retirado, no ano passado, a DESO do programa de desestatização do então presidente golpista Michel Temer, via Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social – BNDES.

“Foi um grande erro, porque se nós tivéssemos continuado com aqueles estudos, hoje teríamos um diagnóstico preciso sobre a DESO. Não vejo problema nisso, tanto que, se preciso for, retomarei esse diálogo com o BNDES com a maior tranquilidade”, ameaçou.

O secretário-geral do SINDISAN, Sérgio Passos, retrucou Belivaldo, apontando que o problema maior da DESO é de gestão e que, como governador, ele é quem define a direção que comanda a Companhia e, portanto, cabe ao Governo do Estado, acionista majoritário da DESO, chamar o feito a ordem, montar uma gestão de compromisso com mudanças, com a resolução dos problemas e com o fim da politicagem que persiste dentro da empresa governo após governo. Também deixou claro para Belivaldo que arrendar uma companhia pública também é privatizar, só que com prazo determinado de uso. E isso nem o sindicato, nem os trabalhadores aceitarão.

Sindicato sempre denunciou

Sérgio Passos também lembrou que o sindicato tem cumprido o seu papel, fazendo constantes denúncias dos problemas existentes na DESO, mas que quase sempre são ignorados pelos diretores da Companhia, que só agem quando a bomba explode. Também lembrou do sucateamento e abandono de muitas unidades por todo o Estado.

“Lembro do caso recente do reservatório do bairro Cidade Nova. Nós denunciamos no nosso boletim informativo o abandono daquela unidade um ano antes. Nada foi feito e depois apareceu uma rachadura e vazamento no reservatório. São muitos os casos que denunciamos e quase nada é feito para resolver.

Também denunciamos o abandono e o sucateamento de várias unidades da DESO, principalmente no interior. Muitas não oferecem condições de se fazer um bom trabalho. Depois, quando surgem os problemas, a culpa só cai nas costas dos trabalhadores”, criticou Sérgio. (Continua na pág.2)

Problema de gestão

O governador reconheceu que grande parte dos problemas é realmente de gestão e prometeu cobrar muito mais da atual direção da Companhia, como também afirmou que está buscando recursos para investir em obras e estrutura ainda este ano. Mas novamente colocou que, se não atingirem as metas desejadas até o final do ano, vai “repensar o que fazer com a DESO”.

Belivaldo deixou aberto um canal de diálogo permanente com o sindicato para troca de informações e também para receber qualquer denúncia que envolva problemas relativos à DESO.

“Acho que é importante esse canal aberto para que a gente possa estar dialogando com o governador sobre os problemas dentro da nossa Companhia, buscar as soluções e cobrar também posição do governo, porque o que nós defendemos e queremos é uma DESO forte e prestando serviços de qualidade aos sergipanos, algo que interessa ao governador, ao sindicato e a todos os funcionários”, destacou Sílvio Sá, presidente do SINDISAN.

Não fosse a força do ACT da DESO, governador já teria demitido

Escrito por Ascom/Sindisan Publicado .

Na reunião entre a direção do SINDISAN e o governador Belivaldo Chagas, na última quinta-feira (11), uma coisa ficou muito clara: se não fosse o Acordo Coletivo de Trabalho da DESO - conquistado cláusula por cláusula em anos de luta da categoria -, o chefe do Executivo sergipano já teria feito "um rapa" geral no quadro da Companhia, mais precisamente nos trabalhadores mais antigos e nos que completaram tempo de aposentadoria e continuam prestando serviço.

Belivaldo colocou como "um peso" para a DESO os trabalhadores mais antigos, deixando claro que,se pudesse e tivesse recursos, trocaria essa turma por trabalhadores mais jovens, ganhando um mil ou dois mil reais de remuneração.

Felizmente, pela luta do sindicato e dos trabalhadores que apostam no fortalecimento da sua entidade sindical, não será fácil para o governador fazer isso, porque o ACT da DESO impede esse descarte puro e simples de mão de obra experiente e qualificada. Aos que só sabem criticar, fica a lição.

Terceirizada deita e rola sem fiscalização dentro da DESO

Escrito por Ascom/Sindisan Publicado .

Uma empresa terceirizada que presta serviços a DESO, simplesmente tem deita e rola, sob as barbas do fiscal ou fiscais do contrato, no tocante aos direitos dos seus funcionários. Chega-nos a informação que há problemas no depósito do FGTS, pagamento de salários e também vale-refeição dos trabalhadores.

Muitos irão perguntar: ora, o que a DESO tem a ver com as obrigações trabalhistas de empresas terceirizadas? Há que se responder: tudo! Não é o desejo de quem quer que seja que deva prevalecer sobre esse assunto, e sim o que está escrito na lei.

E a Lei das Licitações é bem clara quanto a isso: tudo deve ser fiscalizado pela contratante, inclusive, detectando problemas, ela pode até recorrer à aplicação de multas e retenção de parcelas do contrato por não cumprimento de cláusulas contratuais e de direitos trabalhistas; sob pena de responder judicialmente de forma subsidiária.

Na prática, nunca vemos isso na DESO. A coisa corre frouxa com relação às terceirizadas e acontece de tudo: atraso salarial para muito além do quinto dia útil do mês subsequente; atraso nos depósitos do vale-refeição; atraso de mais de três meses no FGTS; e o pior, tudo isso acontece sem que o trabalhador tenha o mínimo direito a questionamentos, pois está passível a ser substituído sumariamente.

É muito bom todo o dia 24 os trabalhadores efetivos receberem religiosamente o salário na conta, enquanto os companheiros que prestam serviço à Companhia por terceirizadas – com as faturas do contrato pagas em dia, diga-se de passagem – vivem a inconstância do recebimento de salários e direitos, passando por dificuldades porque alguém cometeu o erro de pecar por omissão.

É preciso cobrar das chefias superiores a devida fiscalização dessas empresas dentro da DESO!

É lei: jovem aprendiz não pode ser explorado além das suas funções

Escrito por Ascom/Sindisan Publicado .

Por contar com uma grande quantidade de menores aprendizes diariamente executando diversas tarefas dentro da DESO, devemos lembrar que as atividades por eles desenvolvidas, por força de Lei, têm que ter relação direta com as reais necessidades da empresa para qual ele presta serviço.

Com isso, é vedada totalmente a execução de qualquer serviço que seja de interesse pessoal daqueles a que estão subordinados.

Não se pode, de maneira alguma, usar o menor aprendiz, por exemplo, em atividades correlatas a de um office boy, e isso se agrava muito se ele for utilizado no interesse de particular, e não da empresa.

Talvez, inadvertidamente, alguns funcionários administrativos da DESO estão empregando os menores aprendizes para efetuarem pagamentos pessoais de boletos bancários.

Destacamos para esses que a CLT dispõe de um Capítulo inteiro discorrendo sobre esse tema (Título III, Cap – IV). Portanto, é de bom alvitre por-se fim a essa prática ilegal e nociva aos nossos jovens menores aprendizes.

Falta de tudo no galpão da adutora do São Francisco

Escrito por Ascom/Sindisan Publicado .

Há um bom tempo que está ficando quase impossível de se trabalhar no galpão anexo ao R-0. Por lá falta absolutamente tudo para que se possa permanecer naquele local durante o expediente normal de serviço.

Falta, há mais de seis meses, materiais de higiene e de limpeza. É algo gritante! Também tem rareado (às vezes chega, outras não) leite, café e açúcar, desde novembro.

Os funcionários já não sabem mais a quem recorrer. E olhe que não se trata de um casso pontual! Meses atrás o SINDISAN denunciou, aqui mesmo no Água Quente, este mesmo problema. Agora, volta tudo a acontecer.

É preciso saber de fato o que está acontecendo, pois quando se entra em contato como o Almoxarifado Central da Companhia, o que se ouve é que por lá em que estão mudando de fornecedor, portanto, em processo licitatório. Cabe se questionar que processo licitatório infindável e esse que nunca sai.

Enquanto não se define de quem é a responsabilidade sobre o problema de desabastecimento no galpão da R-0, segue a situação deprimente deprimente ali registrada, inadmissível para uma Companhia do porte da DESO.