Contra a MP 868/2018: a luta é pela garantia da água como bem público

Escrito por FNU Publicado .

O Dia Mundial da Água no Brasil atual ganha uma dimensão de luta ainda mais intensa para os sindicatos, os trabalhadores, os movimentos sociais e demais entidades da sociedade civil organizada, pois a conjuntura é de extrema gravidade devido à política de governo iniciada pelo golpista Temer, e que teve a continuidade com o fascista Bolsonaro de entregar o nosso bem mais valioso, que é a água, ao capital privado via a MP 868/2018.

A FNU tem se mobilizado juntamente com seus sindicatos filiados desde os primeiros sinais de que existia um projeto de privatização da água em andamento no país. Ao longo destes anos esteve à frente de mobilizações, como o Fórum Alternativo Mundial da Água (FAMA), realizado em há 1 ano em Brasília, em contraponto ao fórum das grandes corporações, por entender que se não houver uma reação ampla, abrangendo de toda a sociedade a luta ficará enfraquecida.

Por isso, a Federação foi uma das formuladoras da criação do Observatório Nacional dos Direitos a Água e ao Saneamento (ONDAS), entidade criada justamente no intuito de fortalecer com subsídios técnicos os embates contra os privatistas do setor privado e do atual governo.

No Dia Mundial da Água, marcado por atividades sindicais de luta em defesa da água como direito humano, a FNU reafirma seu compromisso de continuar mobilizada com toda sociedade em defesa de um direito que pertence a todos os brasileiros, seja do campo ou da cidade, que é o acesso à água como um bem público. Não à MP 868/2018!

Fonte: Site da FNU

Luta pela água e contra a Reforma da Previdência mobiliza trabalhadores e sociedade civil

Escrito por Ascom/Sindisan Publicado .

O dia 22 de março promete ser de muita mobilização e luta nas ruas de Aracaju. Na data em que se comemora o Dia Mundial da Água, o SINDISAN, Centrais Sindicais e várias entidades dos movimentos sindical, social e popular juntaram forças sobre duas pautas importantes para a classe trabalhadora e para a população: a defesa da água como direito, não como mercadoria; e a defesa da Previdência Pública.

Nesse mesmo dia, as entidades se encontrarão em frente da sede da Companhia de Saneamento de Sergipe (Deso) para, de lá, dar início à III Caminhada da Água, que seguirá em direção ao centro da Capital, finalizando na Avenida Ivo do Prado, em frente à agência da Previdência Social, onde um grande ato será realizado contra a Reforma da Previdência de Bolsonaro e contra as privatizações.

A unificação dos atos foi acertada na reunião organizativa para construir o Dia de Luta em Defesa da Previdência, que aconteceu na terça-feira (19), na sede do SINDISAN.

“São duas pautas de extrema importância para os trabalhadores em para a sociedade: primeiro, a defesa da água como direito, não como mercadoria, e contra a privatização da Deso e do setor de saneamento do país, como quer o governo Bolsonaro, que defende a entrega das nossas empresas públicas estratégicas, dos nossos aquíferos e das nossas riquezas ao capital internacional; segundo, a luta contra a Reforma da Previdência deste mesmo governo, quem vem para arrebentar com os trabalhadores e com as populações mais vulneráveis. São duas lutas que estarão unificadas no dia 22 e pelas quais pedimos o apoio da população para que se some elas”, explica Sílvio Sá, presidente do SINDISAN.

Vice-presidente da CUT/SE, Plínio Pugliesi reforçou o convite para engrossar a marcha do dia 22 de março. “Estamos vivendo um momento em que tudo que foi construído pelo povo brasileiro está sendo destruído de forma avassaladora, por um governo fascista que não tem pudor em dizer que é contra o povo e que vai eliminar os adversários. Frente a esses perigos, a luta da classe trabalhadora em defesa dos direitos se eleva a outro patamar e se torna também a luta pela própria existência das pessoas. Por isso, não tem opção: a população precisa se unir e ir pras ruas”, defende Plínio.

As entidades que sentaram juntas para definir os últimos detalhes dos atos do dia 22 foram: CUT, CTB, UGT, o CSP/CONLUTAS, SINDISAN, ADUFS, SINDIPEMA, SINDIPREV, SINTESE, SINDIFISCO, SINASEFE, MTST, SINDIPETRO, TAMPA, SINAF, SINDISCOSE, Fórum Negro, Frente Povo Sem Medo, Frente Brasil Popular e o mandato do deputado estadual Iran Barbosa (PT).


O quê?
III Caminhada da Água e Dia de Luta Contra a Reforma da Previdência
Quando? Dia 22 de março, às 15h
Onde? Em frente à sede da Deso (Rua Campo do Brito, 331 – Aracaju)
Quem? Sindisan, movimentos sindical, popular e da sociedade civil e população em geral
Por quê? Em defesa da água, do patrimônio público, da Previdência e contra as privatizações

SINDISAN e entidades constroem juntos a ‘III Caminhada da Água’

Escrito por Ascom/Sindisan Publicado .

Na tarde da segunda-feira, 11/3, dirigentes do SINDISAN se reuniram com representantes de entidades do movimento social, de órgãos do governo e dos mandatos do deputado federal João Daniel (PT) e estadual Iran Barbosa (PT), numa segunda rodada de construção da terceira edição da Caminhada da Água, que acontece no próximo dia 22 de março, data em que se comemora o Dia Mundial da Água. A Caminhada, que percorrerá as ruas de Aracaju, saindo da sede da DESO em direção ao Centro, terá mais uma vez como tema “Água é direito, não mercadoria”. Uma última reunião, para fechar os detalhes finais do evento, está agendada para o dia 18/3.

Para o secretário-geral do SINDISAN, Sérgio Passos, a manutenção do tema se justifica pela continuidade da política de desmonte das companhias de saneamento e do avanço do projeto de privatização do setor e também dos mananciais de água do país, como já sinalizava o governo golpista de Temer e agora do seu sucessor, Jair Bolsonaro, que tem como bandeira de governo a entrega total das estatais e dos recursos minerais e naturais do país ao capital privado.

“Neste sentido, chamamos os trabalhadores e a sociedade para se somarem, no dia 22 de março, à nossa Caminhada, para juntarmos forças contra mais esse desmonte do patrimônio público e de entrega das nossas riquezas aos grandes grupos econômicos nacionais e estrangeiros, como pretende Bolsonaro. Estaremos, durante o percurso, dialogando com a população sobre a importância da água potável como recurso finito e cada vez mais escasso, e a necessidade de mantê-la como um direito humano inegociável; assim como também vamos cobrar dos governos mais investimentos nas nossas companhias de saneamento, para que elas possam fornecer serviços de qualidade à população e garantir saúde, porque investir em água e saneamento é política pública de saúde”, explicou Passos.

O presidente do SINDISAN, Silvio Sá, agradeceu a presença de todos os que participaram da reunião, reforçando que a III Caminhada da Água será um momento muito especial, que oportunizará não só aos dirigentes sindicais, mas também aos representantes dos movimentos sociais, espaço de fala para politizar o debate, na concentração, em frente a sede da DESO, e durante todo o percurso.
“Será mais uma belíssima caminhada, tenho certeza, repetindo o sucesso dos anos anteriores.

Teremos a batucada afro do grupo Haussas, presença de índios da tribo Xocó, dança do Toré e outras manifestações. Além disso, haverá o espaço das falas, que será a oportunidade de estarmos defendendo a água de qualidade como direito da sociedade, a DESO como patrimônio público dos sergipanos e outros temas de interesse da população. Será uma celebração vibrante, mas também um espaço de muita cobrança sobre as pautas que defendemos”, destacou Silvio Sá.

Presente a reunião, Levi Nascimento, dirigente do Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA), destacou a importância da Caminhada da Água e do tema que propõe como fundamentais, em especial diante da conjuntura que o país vive.

“A água é um bem comum e de grande importância para o mundo. Diante da difícil conjuntura em que estamos vivendo, é fundamental juntarmos forças e lutar por nossos bens comuns. Mais que isso, precisamos politizar esse debate no Dia Mundial da Água, expondo que não se faz luta pela água sem agregar a luta por soberania hídrica, por soberania nacional e contra a privatização da DESO e do patrimônio público; como também precisamos lembrar do crime de Brumadinho (pela empresa Vale), que contaminou a Bacia do São Francisco e nos traz consequências gravíssimas. Essas têm que ser lutas permanentes do povo sergipano e do povo brasileiro”, enfatizou Levi.

Há um ano o SINDISAN já alertava sobre situação de abandono do R-2

Escrito por Ascom/Sindisan Publicado .

Os últimos acontecimentos – infelizmente, negativos – em relação aos reservatórios e às unidades operacionais da DESO, no tocante a sua manutenção e conservação, para quem acompanha as ações promovidas pelo SINDISAN, que são sempre divulgadas de forma bastante elucidativa nos boletins Água Quente, verá que nada acontece por obra do acaso, e, portanto, falhas ou erros poderiam ser evitados.

Tomemos o caso recente da rachadura e vazamento no R-2, reservatório da DESO localizado no Bairro Cidade Nova, que acabou virando manchete nas TVs, rádios e jornais. Para o SINDISAN, foi “pedra cantada”, como se diz no jargão popular. Um ano antes, no Água Quente de nº 1175, denunciávamos a situação de total abandono daquele reservatório e o perigo que representava a falta de manutenção e de presença de um funcionário da Companhia e vigilante. Como nada foi feito, deu no que deu.

Nunca é demais lembrar que fartos estudos de engenharia mostram claramente que os índices de acidentes ocorridos por falta de manutenção seriam atenuados de forma drástica se houvesse, por partes das empresas envolvida, um plano rigoroso e eficaz de manutenção preventiva que não sofresse qualquer tipo de interrupção.

Na DESO, desconhecemos qualquer iniciativa que sequer se aproxime desse conceito, por acreditarem ser relativamente caro manter um plano que atenda efetivamente às normas de segurança vigentes, quando caros são os danos quando um acidente de fato acontece. Nota-se que essa visão é fruto de uma total falta de conhecimento por parte de uma parcela da Direção da DESO, que ignora a extrema importância deste item para uma operacionalidade diária segura na Companhia, e tudo acaba postergado a último plano.

Denúncias feitas por colegas citam casos absurdos de plantas inteiras estarem paradas ou mesmo trabalhando com a sua capacidade reduzida por falta de equipamento que custam valores irrisórios em relação a sua importância para o funcionamento de todo um conjunto de uma unidade. Motores, relés, bombas, filtros, sensores, que trabalham de forma intermitente por anos, dando lucro a Companhia, quando sofrem qualquer pane, são esquecidos e não repostos, submetendo, muitas vezes, cidades inteiras ao desabastecimento de água e colocando em riscos moradores, quando reservatórios - como o do bairro Cidade Nova - simplesmente começam a rachar e a vazar por falta de acompanhamento e manutenção.

Que mentalidade tem essa Direção da DESO! Até quando vão pensar dessa forma retrógrada?

Tratamento diferenciado da ASSEC prejudica os usuários da DESO

Escrito por Ascom/Sindisan Publicado .

É muito difícil imaginar a existência da ASSEC, nos dias de hoje, como Plano de Saúde, sem a efetiva participação da Companhia de Saneamento de Sergipe, com os seus quase 1.200 filiados a essa operadora. Vários motivos nos fazem chegar a essa conclusão: primeiro, o baixo efetivo de funcionários da CEHOP em relação ao número da DESO; segundo, a baixíssima faixa etária de quase 3/4 dos funcionários filiados ao plano e os funcionários da DESO.

Então, se a realidade é essa, por que tanta diferenciação no tratamento dispensado pelo plano aos funcionário da CEHOP em relação aos funcionários da DESO? Com esse questionamento, não se deseja causar qualquer discórdia entre as duas categorias, já que todos são trabalhadores e, portanto, devem e merecem ser tratados com a dignidade necessária. No entanto – e lamentamos muito – assistimos, a cada dia, essa discrepância aumentar.

Como exemplo, pode-se citar o caso da assistência odontológica, assistência somente disponibilizada aos funcionários da CEHOP. O motivo para isso nunca foi explicado pela direção da ASSEC. Outro fato, que entendemos ser crítico, pois causa um transtorno absurdo aos usuários, são as mudanças diárias e sem notificação alguma no quadro de profissionais médicos credenciados ao plano. Mesmo com o seu site informando 24 horas do dia a lista de profissionais, é bastante comum chegar em uma clínica para marcar uma consulta e ter o desprazer de ouvir da atendente que o profissional já não é mais credenciado ao plano.

Outra coisa, que geralmente aparece no início do ano: alegando de forma contumaz que está seguindo rigorosamente os ditames da ANS, a ASSEC sempre tenta “desovar” nas costas dos usuários os ônus das despesas gerais efetuadas no ano anterior, sendo o usuário o último a saber que as mensalidades sofrerão reajustes.

Estas são condutas que poderiam ser evitadas. Os trabalhadores da DESO têm no seu sindicato o seu representante legal, portanto, deveria estar inserido, permanentemente, nas discussões junto à ASSEC. Nada, absolutamente nada deveria ser imposto aos usuários, e sim negociado, como se fez no ato da implantação do plano. No diálogo, pensamos que muitos dissabores poderiam ser evitados; inclusive, ações judiciais, o que pode tanto azedar as relações como também travar por completo a prestação do serviço à categoria. Estamos acompanhando.