Estatais registram lucro de R$ 51,9 bilhões; por que privatizar?

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A pergunta que não quer calar: pra quê privatizar se empresas dão lucro?

Empresas estatais federais têm mantido tendência de crescimento e apenas no acumulado do ano passado até setembro registraram lucro de R$ 51,9 bilhões. Frente a igual período de 2017, quando o resultado positivo foi de R$ 25,4 bilhões, houve alta de 104,5%. Os dados são do Ministério da Economia e foram divulgados na sexta-feira, 18.

A cada trimestre, o governo consolida esses dados no Boletim das Empresas Estatais Federais, um documento que reúne o resultado dos conglomerados (Banco do Brasil, BNDES, Caixa Econômica Federal, Eletrobras e Petrobras). Essas empresas, juntas, representam mais de 93% dos ativos totais e do patrimônio das estatais.

Entre os grupos analisados, o melhor resultado foi apresentado pelo Grupo Petrobras, que passou de um lucro de R$ 5,7 bilhões até setembro de 2017 para um lucro de R$ 23,7 bilhões – alta de 312,6% no período.

Atualmente, o governo federal tem controle direto e indireto em 135 empresas estatais. Em dezembro de 2017, elas eram 146. Em 2016, quando foi publicada a primeira edição desse boletim, havia 154 empresas.

Fonte: site da FNU

 

Inaugurada recentemente, a ETE de Itabaiana já sofre com o abandono

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Colocada em operação há pouco mais de dois anos, em meados de 2017, a Estação de Tratamento de Esgoto da cidade de Itabaiana (ETE Itabaiana) já vem sofrendo do mesmo mal crônico e sistêmico pelo qual passam quase todas as estações de tratamento da DESO, seja ela de água ou de esgoto: está caindo em total estado de abandono e sucateamento, o que já é facilmente perceptível no local.

É extremamente lamentável e chega a causar revolta observar tudo isso acontecendo sob os olhos de aquiescência de toda uma direção, que parece não mostrar preocupação para cobrar dos responsáveis por essa área o porquê de tudo isso que está acontecendo com o patrimônio da Companhia, outrora motivo de orgulho dos seus trabalhadores e, porque não dizer, também do povo sergipano. Hoje, a situação mais parece de bancarrota total.

No caso da ETE de Itabaiana, chega a ser de uma irresponsabilidade sem tamanho, pois é inadmissível que uma estação de vital importância para aquela pujante cidade funcione com o acompanhamento de seus operadores somente de segunda à sexta feira, deixando-a desligada durante todo o final de semana – exatamente os dias onde há maior fluxo de dejetos na rede para serem processados na estação.

Tivemos informações que, devido a quebra de duas chaves de nível (tipo bóia), equipamento que não chega a custar, em qualquer loja de material de construção, R$ 40,00 - além da ausência dos operadores na estação - o transbordamento dos tanques de dejetos tornou-se algo comum de se presenciar naquela ETE; pois como a estação fica desligada, os efluentes chegam pela rede coletora e não são processados. Para piorar, mesmo nova, a unidade já apresenta vários vazamentos.

Além desse absurdo incompreensível, que para alguns da direção parece coisa normal, a estação não conta praticamente com nenhum tipo de mobília, como o SINDISAN registrou em visita ao local.

Lamentável! Esperamos que a direção da DESO tome logo as providências cabíveis para resolver esses graves problemas.

Incêndio atinge a UTR-15 e destrói várias tubulações de PVC no local

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Estação com poucas chuvas e mato seco são ingredientes que podem gerar incêndios de pequena ou mesmo de grande proporções. Basta uma pequena fagulha, gerada, por exemplo, por uma ponta de cigarro jogada, e o estrago está feito.

Infelizmente, esses ingredientes estavam presentes no entorno da Unidade de Transmissão Remota 15 (UTR-15), em Lagarto, e no último dia 28/12, o mato pegou foto e atingiu o local. Para piorar a situação, havia várias tubulações de PVC armazenados na Unidade.

Não deu outra: mesmo com o trabalho do Corpo de Bombeiros no local, foi difícil conter a chamas. Apesar do PVC ser de baixo potencial inflamável, em grandes quantidades, depois que queima, o controle fica difícil, e o que restou no local foram apenas restos de cinzas das tubulações.

Há muito que o SINDISAN vem denunciando esses dois problemas específicos, em várias unidades da DESO: a presença de muito mato e o armazenamento indevido de materiais (muitos deles, de alto valor para a Companhia). Pelo visto, em Lagarto, nada disso foi levado em consideração.

E o prejuízo, quem paga?

Situação em Tobias Barreto coloca DESO em estado de alerta

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Não é mais novidade para ninguém a situação crítica que está passando a população de Tobias Barreto com o colapso no abastecimento de água.

A bomba já estourou na imprensa, inclusive como uma infeliz declaração do diretor de Operações da DESO, Carlos Anderson, que suscitou nota "venenosa" na Coluna de Eugênio Nascimento, no Jornal da Cidade, criticando a Companhia. Informações dão conta de que na Barragem do Jabeberi só há água para mais um mês.

A DESO, de forma emergencial, colocará em operação dois poços em Itapicuru, em 30 dias, com vazão de 40 metros cúbicos cada. Porém, mesmo com esses poços emergenciais, se não chover, a situação em Tobias Barreto continuará crítica.

A pergunta que se faz é: por que os técnicos não previram tal colapso, apostando apenas que a "Mãe Natureza" ajudasse mandando chuvas? O que se deduz é que falta planejamento e esse descaso vem resultando em mais desgaste público para a empresa.

Lembramos que a situação já está também crítica em Itabaiana, Lagarto e Simão Dias. Vai se esperar o colapso total para ações mais efetivas? Contar apenas com a natureza não dá!

Revisão de Bolsonaro às últimas medidas de Temer pode alterar MP do Saneamento

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A coluna Mercado Aberto da edição da última quinta-feira (4/1) do jornal Folha de S. Paulo aborda a nova Medida Provisória sobre a privatização do saneamento (MP 868/18), editada por Temer no apagar das luzes em 28 de dezembro último, e que é uma reedição da MP 844/18 que caducou em novembro.

Segundo a coluna, a revisão dos últimos atos do governo Temer, determinada por Bolsonaro a seus ministros, poderá impactar a medida provisória que muda o marco legal do saneamento básico, desestruturando o setor.

Ao jornal, o presidente da Aesbe (associação das estatais de saneamento básico), Roberto Tavares, disse que “o pente-fino poderá facilitar a revogação da MP”.

No entanto, tudo isso ainda é especulação. Ao certo, é que as entidades que defendem o saneamento público e de qualidade para todos, entre elas a FNU – Federação Nacional dos Urbanitários, estão elaborando ações judiciais para impedir que essa MP seja aprovada e planejam novo embate de resistência junto aos parlamentares para impedir que tal medida seja aprovada no Congresso.

Fonte: Site da FNU