Sem ar-condicionado e sem segurança, trabalhadores sofrem com abandono

Escrito por Ascom/Sindisan Publicado .

Em visita a Estação de Captação do Poxim 2, fomos informados pelo operador de plantão e pelos vigilantes que a equipe de manutenção da DESO retirou para manutenção, há mais de um mês, o único aparelho de ar-condicionado existente na unidade e até a presente data ainda não havia sido recolocado.

É bom que se frise que esse aparelho é o único atenuante para aliviar o calor insuportável que faz na sala onde eles ficam praticamente confinados durante todo o plantão, já que a área, por ser totalmente aberta e desprovida de qualquer muro ou cerca de proteção, é de altíssimo grau de periculosidade, em face do banditismo reinante naquela região, tornando desaconselhável a permanência, por muito tempo, na área externa da unidade, principalmente à noite.

Já fizemos várias denúncias relativas a deprimente situação em que os companheiros, tanto os da DESO como os profissionais de segurança, desenvolvem as suas atividades profissionais.

Porém, as denúncias ainda não tocaram na consciência da chefia da Companhia para que alguém venha a tomar as providências quanto a situação de alto risco naquela unidade e tente, senão saná-la, pelo menos atenuá-la, para que os trabalhadores não sintam bater no peito a amargura de, todas as vezes que estiverem escalados, terem que se dirigir para um local de trabalho deprimente e inseguro como a Captação do Poxim 2.

 

Contraproposta do Acordo Coletivo está aguardando parecer da Seplag

Escrito por Ascom/Sindisan Publicado .

O SINDISAN continua aguardando a posição da direção da Cohidro sobre a contraproposta que já nos foi enviada, mas até o momento não teve definição, pois, de acordo com a direção da Companhia, a implantação do Acordo Coletivo de Trabalho está na dependência de uma anuência da Secretaria de Planejamento, Orçamento e Gestão do Governo do Estado – Seplag.

Segundo informações, em reunião realizada com a direção da Cohidro, está tudo pronto, só faltando mesmo o posicionamento da Seplag. Mas até quando teremos que esperar? A categoria anseia por uma definição.

Assim que for resolvido essa questão com a Secretaria de Planejamento, chamaremos uma assembleia para conhecimento a todos.

Como de costume, reformas de unidades param sem explicação

Escrito por Ascom/Sindisan Publicado .

Grande parte das reformas realizadas nas unidades da DESO quase sempre deixam a desejar no tocante a qualidade. Isto é fato! Também os prazos de início e fim de muitas dessas reformas acaba sendo uma incógnita, inclusive, ferindo os contratos assinados e firmados entre a DESO e as empresas ganhadoras das licitações.

A direção do SINDISAN esteve no dia 1º de novembro na Regional Norte e pôde comprovar essa realidade ‘in loco’ com a paralisação das obras de reforma das ETAs de Brejo Grande e do Povoado Brejão dos Negros.

Segundo informações passadas pelos próprios funcionários da empresa executante do serviço, os salários se encontram em dia, dando a entender que a DESO está pagando as faturas do contrato com regularidade.

Entretando, o mal crônico da falta de fiscalização nas obras acabou permitindo que a empresa executante não comprasse os materiais necessários para tocar a obra, levando assim a sua paralisação, o que está se tornando fato corriqueiro dentro da DESO, infelizmente.

Enquanto a obra fica paralisada, todo o material já empregado, que já não tem essa qualidade toda, fica se deteriorando e a estação também fica desguarnecida de qualquer segurança, já que a área é apenas cercada por arames farpados, deixando os funcionários expostos a violência do dia a dia.

Infelizmente, até o fechamento desta edição, não há previsão de retomada das obras.

 

Denúncia vazia é arquivada pelo Ministério Público

Escrito por Ascom/Sindisan Publicado .

Não é de hoje que gente dentro da DESO, a serviço sabe-se lá de quem, tenta desmoralizar a direção do SINDISAN. Em função da eleição para Representante dos Trabalhadores no Conselho de Administração da DESO, novamente o sindicato é atacado de forma gratuita. E, mais uma vez, o tiro saiu pela culatra.

Após o resultado da eleição, alguém que não ficou muito feliz com a derrota e resolveu questionar o pleito no Ministério Público de Sergipe (MP/SE). Mas com as elegações mais estapafúrdias possíveis.

O denunciante (ou a denunciante, já que a denúncia foi anônima) alegou, entre outras estultices, uso de "cabos eleitorais" do sindicato junto às urnas; ausência de quórum mínimo na eleição; e veto à presença de fiscais da chapa acompanhando as urnas itinerantes. Uma mentira atrás da outra, já que todo o processo foi amplamente conduzido com a presença de pessoas das três chapas.

A outra asneira: que o sindicato não deveria ser a entidade a conduzir o processo eleitoral. Ora, se a vaga é dos trabalhadores, quem deveria conduzir seria a DESO? Visão bem patronal dessa pessoa, hein! E, lembrando, essa é uma exigência presente no Acordo Coletivo.

Mas a pior alegação do/a denunciante foi a de que "a baixa instrução de muitos empregados do interior e de setores operacionais permite que o sindicato manipule os resultados". Ora, é muito preconceito contra os/as colegas de trabalho e falta de conhecimento sobre a realidade dos funcionários da Companhia. É chamar de "desprovidos de inteligência" trabalhadores e trabalhadoras que passaram em concorrido concurso público. Quanta arrogância!

Diante dessas denúncias vazias e descabidas, e após ouvir a defesa do SINDISAN, a promotora de Justiça Mônica Maria Hardman determinou "o Arquivamento Sumário da Notícia Fato", já que ficou demonstrado que o "processo eleitoral transcorreu com transparência e dentro das normas legais pertinentes". Ponto final!

 

Reforma trabalhista reduziu trabalho decente e ampliou empregos precários

Escrito por Rede Brasil Atual Publicado .

Um ano depois da entrada em vigor da "reforma" trabalhista, sancionado por Michel Temer em 11 de novembro de 2017, o Brasil não criou os 2 milhões de empregos prometidos pelo governo. E a maior parte dos empregos oferecidos no período foi sem carteira assinada, por conta própria, com menos direitos e salários mais baixos.

Os números são de órgãos oficiais do governo, como o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho e a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad), do IBGE, informa reportagem de Tatiana Melim, no Portal CUT.

O saldo de empregos com carteira assinada, segundo o Caged, foi de 372.748, menos de um quinto do prometido para aprovar o fim dos direitos trabalhistas. Por outro lado, cresceu o surgimento de ocupações precárias. De cada 10 brasileiros que estavam trabalhando no terceiro trimestre, cerca de quatro eram informais, apontam os dados da Pnad Contínua/IBGE.

De acordo com os dados divulgados pelo instituto relativos ao trimestre encerrado em setembro, o que segurou o aumento da taxa de desemprego – hoje em 11,9% – foi o total de trabalhadores sem registro ou autônomos, ou seja, que trabalham por conta própria ou conseguiram uma vaga sem direito a 13º salário, FGTS, férias e salário fixo no final do mês.

| ACORDOS PIORADOS

As cláusulas sociais das Convenções Coletivas de Trabalho também foram duramente atacadas pelos patrões desde 11 de novembro do ano passado, quando o ilegítimo Temer sancionou a Lei nº 13.467, que, além de alterar mais de 100 pontos da CLT, dificultou o acesso à Justiça do Trabalho e aumentou o número de demissões por acordos, fora dos sindicatos, o que representou ainda menos direitos aos trabalhadores e trabalhadoras.

Outra consequência da modificação da legislação trabalhista foi a queda abrupta do volume de ações na Justiça do Trabalho. Isso se deve ao fato de o trabalhador que teve seu direito violado passar a ter de arcar com as custas processuais em caso de o juiz der ganho de causa ao empregador.

Segundo o presidente da CUT, Vagner Freitas, os números comprovam a "falácia" da tese de redução de direitos como pretexto para se criar empregos e reaquecer a economia. "Esse discurso foi apenas mais uma manobra usada para aprovar o retrocesso e dar aos empresários a carta branca para não cumprir a legislação e explorar os trabalhadores”, diz Vagner.

O diretor técnico do Dieese, Clemente Ganz Lúcio, acrescenta "legalizar a informalidade sem garantir direitos trabalhistas não resulta na inclusão dos trabalhadores". Ele cita o exemplo do que ocorre com os jovens espanhóis: “Na Espanha, a cada cinco jovens, quatro estão em empregos inseguros, com remuneração baixa, sem direitos nem garantias. O resultado disso é o aumento do estresse, da ansiedade e da depressão entre os jovens que ficam sem saída e sem perspectivas de futuro”.

Para Clemente, a "reforma" trabalhista começa a constituir um submundo precário do trabalho com consequências sociais que ninguém sabe onde irá parar. "Junto com essa reforma estão propondo alterações profundas no sistema previdenciario brasileiro que, se for adiante, criará um caos social sem precedentes".

"E a sociedade precisará se perguntar se quer continuar criando bilionários e uma massa de trabalhadores pobres, aumentando o abismo social, ou se quer diminuir as desigualdades e tornar o convívio coletivo mais saudável e justo".

Fonte: Rede Brasil Atual