200 anos do nascimento de Karl Marx

Escrito por Marxismo 21 Publicado .

Em 5 de maio de 1818, nascia Karl Marx na cidade de Tréveris (Trier) na Alemanha. Apesar de todas as dificuldades que teve de enfrentar em vida – falta de recursos para a sobrevivência familiar nos diferentes países em que viveu, constante perseguição estatal-policial em diversos países, morte de vários filhos etc. –, Marx produziu uma vasta, diversificada e criativa obra que abrangeu a filosofia, a economia, a política, a história.

Nem mesmo seus adversários deixam de reconhecer que foi ele um dos maiores pensadores de toda a humanidade; inegável também reconhecer que sua obra influenciou de maneira até então desconhecida alguns dos mais importantes acontecimentos históricos posteriores ao seu falecimento em 1883. Friedrich Engels, fiel amigo e companheiro d´armas, no dia do enterro de Marx, certeiramente, previu: “O seu nome continuará a viver pelos séculos, e a sua obra também!”

As formulações teóricas de Marx adquiriram força material ao longo de todo o século XX, inspirando diretamente o movimento operário e socialista na Revolução Soviética de 1917 e outras revoluções em todo o mundo. Suas ideias conseguiram ultrapassar a derrota histórica dessas experiências no final do século passado, pois fornecem elementos teóricos indispensáveis para a sua própria compreensão; entre elas, a tese da luta de classes e a tese do desenvolvimento das forças produtivas em contradição com as relações de produção. De forma sintética, sua obra ajuda a explicar tanto as revoluções, como também as contrarrevoluções e os processos regressivos como o fascismo e o nazismo.

E hoje?

A curta euforia do “fim da história” e da chamada globalização se encerrou com a grave crise econômica mundial de 2008 e que ainda persiste. Prova disso são: o brutal aumento da exploração dos trabalhadores e dos povos de todo o mundo sob as formas da precarização e outras mais diretas de invasão e saque; com a ampliação dos focos de guerra regionais que se espalham por vários continentes e causaram a maior catástrofe humanitária do pós Segunda Guerra Mundial como se evidencia pelo fluxo migratório dos países árabes e outros em busca de melhores condições de vida na Europa, Estados Unidos e Canadá; o aumento da violência às diferentes minorias étnicas, de gênero e outras; com danos irreparáveis à natureza etc.

Por estas razões, pesquisadores de todo o mundo, hoje, recorrem à obra de Karl Marx não para encontrar uma resposta pronta e acabada para os novos desafios teóricos, políticos, ideológicos e culturais, mas, sim, como uma referência indispensável para a compreensão do capitalismo e do imperialismo; das novas formas da política, do Estado burguês e da crise da democracia liberal; das lutas pela transformação social radical através da construção de uma nova hegemonia rumo ao socialismo que permitam ir além das já conhecidas experiências reformistas que ainda continuam influenciando parte da esquerda não marxista. A obra de Marx contém ainda indicações valiosas para o estudo das questões de gênero, da ecologia, das novas formas de produção e de sociabilidade.

Como já se afirmou, nenhum outro autor teve sua “morte” tantas vezes anunciada; porém, nenhum outro pensador teve a vitalidade e a atualidade do conjunto de sua obra tantas vezes reafirmadas.

Texto compilado do original publicado no sítio Marxismo21. A íntegra do artigo pode ser acessado no endereço marxismo21.org/marx-200-anos/

 

Deso e Cohidro estão sob novo comando geral

Escrito por Ascom/Sindisan | Foto: Jorge Henrique/Deso Publicado .

Chegado o período eleitoral, como de costume, começa a dança das cadeiras. Infelizmente, é assim no nosso sistema administrativo: tudo gira em torno da política e da composição de governo. Assume um novo mandatário e, para ter base para governar, gira-se a roda dos cargos em todos os escalões para acomodar os acordos políticos e moldar a cara da gestão que entra.

E nesta não tão animada dança das cadeiras, a Companhia de Saneamento de Sergipe não ficaria de fora, pelo poder político que representa e pela autonomia gestacional e financeira que possui.
Com isso, apesar da boa gestão à frente da Deso e do bom relacionamento com os trabalhadores e com o SINDISAN, o engenheiro civil Carlos Fernandes de Melo Neto deixa a presidência da Companhia. Em seu lugar, assumiu como novo diretor-presidente, o também engenheiro civil José Gabriel Almeida de Campos, ex-diretor de Meio Ambiente e Engenharia da Deso, há dois anos e seis meses, e funcionário de carreira desde 2005.

Na segunda-feira, 7/5, Carlos Melo assumiu a direção da Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe  – Cohidro.

Toda a direção do SINDISAN deseja sucesso tanto a José Gabriel quanto a Carlos Melo nas suas respectivas novas funções diretivas, deixando aberto o diálogo para construir sempre o melhor para os trabalhadores e para a população usuária dos serviços fornecidos pela Deso e pela Cohidro.

Neste sentido, o presidente do sindicato, Sílvio Sá, já deixou agendada uma reunião com o novo diretor-presidente José Gabriel, para o dia 15/5, a fim de estreitar a relação e discutir as pautas de interesse da categoria. A direção do SINDISAN também buscará uma agenda com Carlos Melo, para também tratar da pauta específica dos trabalhadores da Cohidro.

1º de Maio é dia de tomar as ruas na defesa do trabalhador

Escrito por Assessoria de Comunicação/Sindisan Publicado .

Está se aproximando o 1º de maio, Dia do Trabalhador e da Trabalhadora, e não do Dia do Trabalho, como a burguesia gosta de divulgar. Neste momento, em que o Brasil passa por uma das maiores crises da sua história e a classe trabalhadora é atacada em seus direitos históricos por um governo neoliberal, elitista, golpista e entreguista, é bom fazer uma análise mais aprofundada de como funciona a sociedade.

As crises do sistema capitalista são cíclicas e inevitáveis, pois elas acontecem não por falta de matérias-primas ou pelo desenvolvimento das ciências e tecnologias. Elas acontecem porque a produção não é para satisfazer as necessidades dos seres humanos, mas para o mercado, para a geração de lucro. Mesmo que se produza muito, se essa produção fosse distribuída igualmente, socializada, teríamos alimentos, moradia, bens de consumo, educação e saúde para todos. Não seria um problema como é hoje, mas solução.

A grande contradição do sistema capitalista é que a produção é socializada, mas a apropriação é privada; ou seja, aos trabalhadores, que produzem todas as riquezas, é dado apenas o mínimo necessário para sobreviverem e continuarem produzindo, fornecendo mais força de trabalho para os capitalistas, numa ciranda contínua de exploração e expropriação.

Diante dessas crises, o Estado burguês, que gerencia os interesses dos grandes capitalistas – banqueiros, industriais e empresários – necessita de reformas, de tempos em tempos, para retirar direitos dos trabalhadores, conquistados sempre com muita luta, a fim de gerar mais lucros para a classe empresarial.

Por isso o atual governo e o Congresso Nacional aprovaram a reforma Trabalhista, para aumentar os lucros dos empresários. E ainda querem aprovar a Reforma Previdenciária, para aumentar os lucros das empresas de previdência privada.

Portanto, o capitalismo é, na verdade, o responsável direto por todas as mazelas do mundo – guerras, fome, violência, desigualdades sociais. E o 1º de Maio é dia de os trabalhadores e trabalhadoras não ficarem em casa, mas irem às ruas para denunciar todas essas mazelas e lutar por garantia dos atuais direitos e a ampliação deles. Dia 1º de maio é dia de mostrar à sociedade que é possível construir um mundo melhor, com distribuição de renda e mais solidariedade entre os povos.

 

Reforma do escritório de Neópolis traz transtornos a funcionários e usuários

Escrito por Assessoria de Comunicação/Sindisan Publicado .

Seria um contrassenso do SINDISAN, depois de fazer dezenas e dezenas de denúncias da lastimável situação em que se encontra quase todos os escritórios e estações de tratamento de água em nosso estado, se opor a qualquer tipo de reforma iniciada pela DESO. Porém, o que observamos e criticamos é a forma atabalhoada com que algumas dessas reformas estão sendo efetuadas, o que leva a crer que não houve programação alguma para que se iniciassem os serviços.

Podemos citar aqui a reforma do escritório da cidade de Neópolis, que foi iniciada sem que houvesse o deslocamento dos funcionários para outro local, a fim de darem continuidade ao serviço de atendimento ao público. Em consequência disso, pode se verificar, no local, trabalhadores da empreiteira que ganhou a licitação derrubando paredes, batendo marretas, em meio a uma nuvem de pó, junto com o barulho terrível de demolição; tudo se misturando aos clientes e funcionários, já que todos compartilham do mesmo ambiente, o que é passível até mesmo de ocorrer um acidente. Esse tipo de procedimento é inadmissível nos dias atuais.

Funcionários, clientes e os próprios trabalhadores da obra não deveriam passar por esta situação. Há que se questionar a quem cabe a responsabilidade sobre esse tipo de procedimento, que depõe contra a imagem da DESO. Ou alguém acredita que os clientes que chegam ao escritório de atendimento e passam por essa situação gostam e saem de lá elogiando a Companhia?

Escritório de Carira

A situação do Escritório da DESO na cidade de Carira, dentre todos que se encontram em terrível situação de abandono, aparece como um dos mais preocupantes. Atendendo a uma vasta região do Sertão, aquele escritório, desde a sua inauguração, nos anos 70, jamais recebeu sequer uma pintura a base de cal. Como consequência, é o próprio retrato do desprezo com o patrimônio da Companhia.

Uma parcela da  população da região, indignada pela falta de informações dos responsáveis da DESO, procuram as emissoras de rádio para reclamar; já outra parte, vendo o escritório em estado de abandono, está usando-o à noite como depósito de lixo e sanitário público, causando um mal-estar tremendo aos funcionários e aos usuários que se dirigem àquele escritório.

O SINDISAN teve conhecimento de que, brevemente, será  iniciada uma reforma total daquela unidade. É torcer para que tudo se concretize da forma mais rápida possível. O que não se pode conceber e nem permitir é que uma situação daquelas seja vista como algo normal e aceitável.

 

Situações críticas como essa atingem negativamente o nome da DESO, não da empresa privada que está realizando a obra. Então, fica o alerta aos senhores administradores: é preciso mais planejamento e exigir das contratadas observâncias mínimas de controle nas intervenções que afetam trabalhadores e clientes, como no caso do Escritório de Neópolis. É preciso mais critério ao tomar decisões que afetam diretamente a vida dos outros.

Há que se louvar a iniciativa do começo das tão esperadas reformas nas unidades da DESO, porém, deve-se analisar cada caso e ver a melhor forma de operacionalizar essas reformas.

 

Antenas de internet continuam a se proliferar

Escrito por Assessoria de Comunicação/Sindisan Publicado .

Parece que alguém na DESO não quer mesmo que a coisa volte pro seus devidos lugares, mesmo depois das inúmeras denúncias do SINDISAN sobre as diversas antenas de internet, de empresas privadas, instaladas de forma irregular – ou seja, sem qualquer acordo legal firmado com a Companhia – nos reservatórios elevados em cidades do interior.

Quando foi feita a primeira denúncia à Direção da DESO, alegou-se desconhecimento dos fatos e que seria feita uma averiguação quanto à veracidade das informações passadas. Porém, o que o sindicato observou de lá pra cá, foi que além de não ter havido a averiguação, a situação só piorou, pois o número de instalações "clandestinas" só aumentou.

Recentemente, a Direção do SINDISAN, em visita às bases do interior, presenciou um fato inusitado: um funcionário de uma dessas empresas de internet foi flagrado fazendo manutenção em uma dessas antenas, no alto do reservatório, sem qualquer EPI, em um risco iminente de sofrer um sério acidente, com consequências imprevisíveis. Isso aconteceu num dos reservatórios entre os municípios de Nossa Senhora das Dores e Feira Nova, que fornece água para o Povoado Pau Ferro e que não tem a presença efetiva de um servidor da Compahia.

Anos atrás, a DESO já foi obrigada, por força da lei, a indenizar famílias devido a acidentes ocorridos com pessoas que não pertenciam ao seu quadro de funcionário, em áreas sob sua responsabilidade. O SINDISAN pede providências urgentes para reverter essa situação. Há que se perguntar: a Direção da DESO diz não ter conhecimento e que não autorizou a instalação dessas antenas. Por que, então, não recorrer aos meios legais, já que se trata de área de acesso restrito, para coibir de uma vez por todas essas irregularidades?