Caminhada da Água leva centenas às ruas de Aracaju

Escrito por George W. Silva / Ascom-Sindisan Publicado .

O 22 de março, Dia Mundial da Água, foi marcado, em Aracaju, por atividades promovidas pelo Sindisan numa dupla comemoração: para reafirmar a vitória do sindicato e dos trabalhadores com a desistência do Governo do Estado em privatizar a Companhia de Saneamento de Sergipe (Deso), e também para celebrar a data e dialogar com a população sobre o tema “Água é direito, não mercadoria”.

Na parte da manhã, o sindicato montou tendas na Praça Fausto Cardoso, no centro da Capital, onde fez exposição sobre a importância da água para a humanidade, exibiu vídeos e distribuiu panfletos sobre o tema e também contra a mercantilização da água em favor de grandes conglomerados econômicos mundiais e contra a privatização das companhias públicas brasileiras de saneamento. O sindicato promoveu, ainda, uma intervenção no espaço da praça que chamou a atenção de quem passou pelo local: um bebedouro, envolto em uma cerca de aço, com avisos de propriedade privada e que a água tinha dono, ficando inacessível a quem quisesse utilizar.

“Foi uma forma que encontramos de chocar e sensibilizar as pessoas, para mostrar que a água não pode ser tratada como propriedade privada ou como mercadoria. Água é essencial à vida e um direito que deve ser assegurado à população, em especial, aos vulneráveis, que vivem em regiões de pouca chuva. Por isso, defendemos a água como bem público e direito de todos, sendo estratégico o seu controle pelo Estado, não por empresas privadas, que só visam lucro”, explicou Sílvio Sá, presidente do Sindisan.

Produção de alimentos

Também no espaço das tendas, na Praça Fausto Cardoso, o Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA) e o Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) puderam expor e vender produtos artesanais e, principalmente, hortifrutigranjeiros, apresentando o resultado da produção de alimentos, resultado do uso racional da água.

“O 22 de março é muito importante para nós, camponeses. Por isso, nos somamos aos trabalhadores da cidade, nessa aliança camponesa e operária, e às demais entidades nesse dia para lembrar que água não é mercadoria, como o agronegócio tenta expor. Os camponeses, pequenos agricultores, precisam da água para produzir e sobreviver, principalmente nós, que somos do sertão e de outras regiões de Sergipe onde há problemas de abastecimento. Temos que lutar pela água como um direito nosso. Por isso é importante estarmos aqui, junto com o Sindisan e as demais entidades, fazendo essa defesa. O Dia da Água é todo dia. Hoje (22) é apenas um marco importante”, destacou Elielma Barbosa, camponesa e dirigente do MPA

Trabalhadores e povo nas ruas

Na parte da tarde, aconteceu a segunda edição da Caminhada da Água. Trabalhadores e representantes dos movimentos social e sindical, além de parlamentares de vários partidos, seguiram em marcha, saindo da sede da Companhia de Saneamento de Sergipe (Deso), em direção ao centro da Capital. A caminhada foi animada pelo grupo de percussão afroreggae Haussas, do bairro Cirurgia, e pela batucada do Levante Popular da Juventude.

“Há um ano, estávamos nas ruas, na primeira Caminhada da Água, no enfrentamento à possível venda da Deso e da água do povo sergipano. Hoje, estamos comemorando porque conseguimos afastar o fantasma da privatização, uma vitória dos movimentos sindical e social liderados pelo Sindisan. A luta agora e para garantir a água como direito social e de todos”, lembrou o vice-presidente da CUT, Plínio Pugliese.

O Secretário-Geral do Sindisan, Sérgio Passos, avaliou como muito positiva a segunda edição da Caminhada da Água. “O sindicato conseguiu, mais uma vez, mobilizar trabalhadores, o movimento sindical e social para uma causa que é de todos: a garantia da água como um direito fundamental da população e contra a privatização desse recurso precioso e finito. Água é essencial à vida, não pode ser trata como mercadoria para gerar lucro para os capitalistas. Água não pode ter dono, é de toda a sociedade”, defende.

Sérgio lembrou que o Brasil tem a maior reserva de água potável do mundo, não só em rios, mas em gigantescos aquíferos, como o Guarani, o que vem despertando a cobiça de grandes grupos econômicos, como Coca-Cola, Nestlé e outros. “A água é o bem mais precioso que existe. As futuras guerras não serão por petróleo, mas por água. Então, esse é o alerta que fazemos à sociedade. Não podemos deixar que entreguem a nossa água para multinacionais gananciosas, porque aí perderemos completamente a nossa soberania. Temos que preservar os nossos rios, mananciais e nossas reservas para garantir o futuro”, reforçou Passos.

Projeto de Lei

A deputada estadual Ana Lúcia, do PT, que também participou da caminhada, deu uma grande contribuição para que a atividade promovida pelo Sindisan cresça a partir das próximas edições. A petista apresentou, na Assembleia Legislativa, o Projeto de Lei 41/2018, que "inclui, a Caminhada da Água no calendário oficial ambiental do Estado de Sergipe".

Pela proposta, no dia 22 de março, "o Estado poderá, em parceria com o Sindisan e demais entidades da sociedade civil, participar da organização do evento, além de promover uma programação alusiva ao Dia Mundial da Água, com caráter educativo, realizando eventos, seminários e outras atividades".

Participaram da 2ª Caminhada da Água, promovida pelo Sindisan, dirigentes do sindicato e trabalhadores da base, o deputado federal João Daniel (PT), os deputados estaduais Ana Lúcia (PT) e Moritos Matos (Rede), os vereadores de Aracaju, Iran Barbosa (PT) e Américo de Deus (Rede), dirigentes da CUT, Sintese, Senge, Sindijus, Sindijor, CRESS, Fetam, Sinergia, MOTU, MPA, MST, MTST, UNE, Levante Popular da Juventude, Conal e da Cáritas Arquidiocesana de Aracaju.

No Dia Mundial da Água, Sindisan promove caminhada

Escrito por George W. Silva | Ascom do Sindisan Publicado .

Nesta quinta-feira, 22 de março, Dia Mundial da Água, o Sindicato dos Trabalhadores em Água e Esgotos do Estado de Sergipe (Sindisan) promoverá atividades alusivas à data. Pela manhã, a partir das 9 horas, o sindicato estará na Praça Fausto Cardoso, no centro de Aracaju, de junto com entidades do movimento popular, dialogando com a população que passar pelo local sobre a importância da água como bem universal, essencial à vida e direito humano de todos.

Em parceria com o Sindisan, o Movimento dos Pequenos Agricultores de Sergipe (MPA/SE) aproveitará a ocasião para expor, nos espaços que o Sindisan disponibilizará na Praça, produtos agrícolas fruto do uso racional da água em regiões onde o MPA atua.

“Vamos poder mostrar a população o resultado do que produzimos graças ao acesso que temos à água, o que mostra a importância de estarmos defendendo à água como um direito de todos”, explicou Inês Martins Filho, camponesa e dirigente do MPA.

Na parte da tarde, às 15 horas, o Sindisan, em parceria com várias entidades sindicais e do movimento popular e social, realizará a segunda edição da Caminhada da Água, que este ano abordará o tema “Água é direito, não mercadoria”. A concentração será em frente à sede da Companhia de Saneamento de Sergipe (Deso). Depois, a caminhada seguirá pelas ruas do centro da Capital até a Praça Fausto Cardoso. No ano passado, cerca de 2 mil pessoas participaram da Caminhada.

“Este ano, esperamos ampliar esse número, até para celebramos não só o Dia Mundial da Água, mas também a vitória que foi a retirada da Deso na lista das companhias de saneamento do país que estão sob estudos do BNDES para possível privatização. Foi uma grande conquista do Sindisan, dos trabalhadores dos movimentos sindical e da sociedade civil que apoiaram essa luta junto com o nosso sindicato”, explicou Sérgio Passos, Secretário-Geral da entidade.

“Aproveitamos para convidar toda a população para se somar a essa caminhada, a fim de reforçamos a luta em defesa da água como bem público e direito de todos, porque o atual governo golpista de Michel Temer trabalha para privatizar não só as nossas companhias de saneamento, mas também para entregar as nossas usinas hidrelétricas, o que significa também privatizar as nossas águas, e até mesmo o Aquífero Guarani, a maior reserva de água doce subterrânea do mundo e que está, na sua maior parte, no Brasil. Multinacionais como a Nestlé, a Coca-Cola e outras estão de olho nas nossas reservas. Privatizar a água é colocar nas mãos de empresas que só visam o lucro algo que é imprescindível à vida. É inadmissível e temos que nos insubordinar contra isso”, defende o sindicalista.

 

Sindisan e entidades preparam a grande Caminhada da Água

Escrito por George W. Silva / Ascom-Sindisan Publicado .

O Sindicato dos Trabalhadores em Água e Esgotos de Sergipe – SINDISAN reuniu, na última quinta-feira, 15, em sua sede, representações de vários sindicatos e entidades do movimento civil organizado para a construção da 2ª Caminhada da Água pelas ruas de Aracaju, que se realizará no próximo dia 22, quando se comemora do Dia Mundial da Água. A concentração será às 15 horas, em frente à sede da Companhia de Saneamento de Sergipe (Deso). Participaram da reunião dirigentes do SINDISAN, representantes de base da categoria, dirigentes da CUT e de outros sindicatos, como Sintese, Stase e Senge, e representantes de movimentos sociais e eclesiais, como MOTU, MPA, MST, MTST, Levante Popular da Juventude e Cáritas Arquidiocesana de Aracaju, entre outros, além de representantes dos mandatos da deputada estadual Ana Lúcia (PT), do deputado federal João Daniel (PT) e do vereador de Aracaju, Iran Barbosa (PT).

Na ocasião, as entidades colocaram as suas necessidades para o dia do evento e firmaram o compromisso de participação proativa para que a marcha programada para o Dia Mundial da Água seja bastante significativa, a fim de despertar a consciência da população sobre a necessidade de defender a água como um bem comum e de direito coletivo, e que não pode ser tratada como mercadoria para gerar lucro para grandes grupos econômicos e acessível somente a quem puder pagar.

O Movimento dos Pequenos Agricultores e Agricultoras de Sergipe (MPA/SE), por exemplo, deverá expor, nos espaços que o Sindisan disponibilizará na Praça Fausto Cardoso, no centro da Capital –  onde a caminhada se encerrará – produtos agrícolas fruto do uso racional da água em regiões onde o MPA atua. “Vamos poder mostrar a população o resultado do que produzimos graças ao acesso que temos à água, o que mostra a importância de estarmos defendendo à água como um direito de todos”, explicou Rafaela Alves.

A estudante de Arqueologia (UFS) e dirigente do Levante Popular da Juventude, Luciana Costa, lembrou que foi a organização dos trabalhadores junto com os movimentos sindical e social que evitou a possível venda da Deso para a iniciativa privada, como pretendiam os governos federal e estadual, e que agora é hora de defender a água como direito humano e universal.

“Os estudantes e os trabalhadores estarão unidos nessa caminhada para comemorar essa vitória pela não privatização da Deso, mas também para dialogar com a população sobre a importância de todos terem acesso à água de qualidade. Nesse sentido, é importante a juventude estar organizada e presente, porque essa é uma luta que nos diz respeito também”, defendeu Luciana.

Para Sílvio Sá, presidente do Sindisan, é muito importante a soma de esforços para construir uma grande marcha no dia 22 e ajudar a despertar a consciência da população sobre o direito humano à água e contra a privatização desse recurso escasso e tão importante para a humanidade.

“Essa construção tem que ser coletiva, não pode ser tarefa de um único sindicato ou de uma única entidade. Defender a água e o acesso a ela é tarefa de todos, e os trabalhadores urbanitários devem se somar a essa luta, porque ela é muito importante para nós também. Acabamos de sair de uma grande luta, que foi a defesa da Deso como empresa pública, contra a sua privatização. O governo recuou, mas ganhamos apenas uma batalha, a guerra contra a privatização ainda não. Por isso é de suma importância estarmos unidos com os movimentos sindical e popular na defesa da água e do saneamento como direitos da população, não como mercadorias nas mãos da iniciativa privada”, colocou Sílvio.

 

Todo apoio às pautas e às lutas da mulheres

Escrito por Assessoria de Comunicação/Sindisan Publicado .

No dia 8 de Março, comemora-se o Dia Internacional da Mulher. A edição desta semana do nosso ÁGUA QUENTE foi impresso todo em tons lilases numa justa homenagem à todas as mulheres e para trazer não um dia de reflexão, mas um dia entre 365 dias de reflexões cotidianas sobre o papel fundamental que as mulheres representam na nossa sociedade, papel este nem sempre valorizado como deveria.

As mulheres, com muita luta, de figuras secundárias, passaram a ter extrema importância na sociedade atual, onde exercem cada vez mais papéis de protagonistas, embora ainda sofram com as heranças históricas do sistema social patriarcalista em seu dia a dia.

Com o tempo, graças às lutas promovidas, a mulher vem conseguindo aumentar o seu espaço nas estruturas sociais, abandonando a figura de mera dona de casa e assumindo postos de trabalho, cargos importantes em empresas e governos e em estruturas hierárquicas menos submissas.

Apesar de uma maior presença no mercado de trabalho, ainda há uma desigualdade no que se refere aos diferentes gêneros. A mulher, em muitos perfis familiares, acumula tanto as funções trabalhistas quanto as domésticas e até as maternas, ficando, muitas vezes, sobrecarregada. Além disso, o número de mulheres ocupando cargos de nível superior nas empresas ainda é menor, embora elas constituam a  maioria apta no mercado de trabalho.

E por falar em trabalho, o salário da mulher ainda é proporcionalmente menor do que o dos homens na sociedade atual, fator que fica ainda mais crítico quando nos referimos às mulheres negras.

Nos cargos políticos, apesar de termos superado o fato de nunca ter havido uma presidente mulher no Brasil – e também em outros países da América Latina, tais como Argentina e Chile –, ainda é desigual a comparação entre mulheres e homens nos cargos executivos, legislativos e judiciários.

Nas eleições de 2014, apenas 10% dos candidatos eleitos eram mulheres. Embora esse número seja melhor que nas eleições anteriores, ele ainda é muito baixo. Além disso, cinco estados  (AL, ES, MT, PB e SE) não elegeram sequer uma mulher para um dos cargos de deputados federais.

É por essa desigualdade ainda latente, fruto de um passado que deixou marcas na atualidade – em que a mulher era vista apenas para a reprodução e como um complemento do homem –, que surge a necessidade de lutar pelos direitos femininos.

O SINDISAN parabeniza todas as mulheres, em especial, as trabalhadoras urbanitárias de todo o Brasil, e se compromete no apoio às suas lutas e pautas!

 

Transformadores e motores estão abandonados na Estação da Ibura

Escrito por Assessoria de Comunicação/Sindisan Publicado .

A Direção do SINDISAN esteve, recentemente, na Estação da Ibura, onde, infelizmente, deparou-se com dezenas de motores e transformadores novos e seminovos, de diversas potências, jogados ao léu, expostos a sol e a chuva, se deteriorando com o tempo.

Mesmo sabendo que esses equipamentos são robustos e projetados para trabalhar sob regimes severos, caso fossem armazenados de maneira correta, certamente aumentaria a sua vida útil, trazendo resultados e economia para a nossa Deso, já que se trata de equipamentos caríssimos.

Pelo que se viu, esta falta de zelo com a coisa pública parece estar virando rotina em alguns setores da Companhia. Não cremos, de forma alguma, que algum diretor na Deso, responsável pelo armazenamento daquele material, possa alegar que não se dispões de espaço físico adequado para alojar aqueles equipamentos, pois no próprio Almoxarifado Central existem diversos espaços ociosos que poderiam está sendo usados para esta finalidade.

No momento atual, onde se fala muito de uma pretensa crise e toda a população está de olho no trabalho desenvolvido pela Deso, esse desprezo por máquinas com valores médio de 15 mil reais e que poderiam ser utilizados de forma imediata, jamais poderiam estar nesta situação, jogadas no meio do mato, sem proteção alguma.

A qualquer pessoa de bom senso que presencie cena semelhante, fatalmente julgará como um ato de irresponsabilidade com a coisa pública.