Salário mínimo: governo Temer não tem compromisso com o trabalhador

Escrito por Site da CUT Publicado .

No primeiro dia de 2018 o trabalhador e a trabalhadora tiveram, mais uma vez,  direitos conquistados usurpados pelo golpista e ilegítimo Michel Temer (MDB-SP). O reajuste de 1,81% do salário mínimo é o menor aumento dos últimos 24 anos, desde a criação do Plano Real.  O valor passará dos atuais R$ 937 para R$ 954, conforme anunciado pelo governo golpista. 

Para o presidente da CUT, Vagner, Freitas, a redução do salário mínimo é mais um “descompromisso do governo ilegítimo com os trabalhadores e com a população mais carente do Brasil”. De acordo com Vagner, essa decisão vai “prejudicar ainda mais os aposentados e pensionistas caso a reforma da Previdência, que está prevista para ser votada no dia 19 de fevereiro, seja aprovada pelo Congresso Nacional.

"Enquanto compromete a qualidade de vida e a sobrevivência de milhões de famílias que dependem desse salário, o governo golpista perdoa dívidas de bilhões de reais dos banqueiros, grandes empresários e paga bilhões de dólares de indenização para os especuladores da Bolsa americanos”, denuncia o presidente.

Uma nota divulgada pela Executiva Nacional da CUT, assim que o governo ilegítimo anunciou a redução, a Central alertou que a medida de Temer  penaliza a classe trabalhadora com a  redução da renda.

“Um governo que gastou mais de R$ 15 bilhões em dinheiro público para se livrar da investigação de corrupção na Câmara dos Deputados, tira do bolso do trabalhador um dinheiro que poderia ser usado para comprar pelo menos 1 quilo de feijão (R$ 5,48) e outro de arroz (R$ 3,20) por mês. Isso é um crime contra a humanidade”, diz a nota

Segundo o Dieese, o reajuste é o menor já registrado desde 1999, quando o valor teve um incremento de 5,79%.

O cálculo do reajuste, regulamentado em lei, leva em conta o crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) de dois anos antes (no caso, o de 2016, que foi negativo em 3,6% e, por conta disso, desconsiderado), mais o INPC apurado no ano anterior. O governo ilegítimo acabou utilizando como referência o acumulado entre janeiro e novembro, que ficou em 1,81%.

Para o economista técnico do Dieese, Ilmar Ferreira Silva, o valor do salário mínimo deveria ser de R$ 3.731,39 “para suprir um trabalhador e sua família com alimentação, moradia e saúde”.

“O fato é que tudo indica que o governo não compartilha dessa visão de que é importante ter um aumento de renda da classe trabalhadora que recebe menos, que é a população que gasta o que recebe, gera atividade economia e ativa a economia”, diz.

No cálculo do Dieese, cada real de aumento tem um impacto de R$ 302,1 milhões por ano na folha da Previdência. O aumento dado, de R$ 17,00, representaria um gasto adicional de R$ 5,1 bilhões ao governo em 2018. 

Em 1994, no início do Plano Real, o valor necessário do mínimo, calculado pelo Dieese, era nove vezes superior ao oficial (R$ 590 a R$ 64). 

No governo Fernando Henrique essa diferença entre oficial e necessário oscilou de sete a oito vezes. Ainda na gestão do tucano um trabalhador que recebia salário mínimo chegou a precisar trabalhar 11 meses para alcançar o valor exigido pela lei.

Foi a partir de 2003, no governo do ex-presidente Lula, que essa diferença passou a ser reduzida de maneira mais definida, chegando a seu melhor patamar em janeiro de 2014, final do primeiro mandato da presidenta Dilma Rousseff, quando o mínimo era de R$ 724 e o necessário exigido por lei, R$ 3.118,00 (3,5 vezes mais). 

“Foi a partir de 2004 (no governo Lula) que houve uma grande recuperação do salário mínimo”, afirma Ilmar, que ressaltou ainda que as Centrais, em 2004, lançaram uma campanha pela valorização do salário, capitaneadas pela CUT que fez a proposta de valorização do mínimo, e o resultado disso foi uma trajetória de reajuste constante, que preservou o poder de compra dos brasileiros e ajudou a elevar os valores dos pisos salariais.

(Com informações do site da CUT)

Brasileiros são contra privatização da Eletrobras, Caixa e Petrobras

Escrito por Site da FNU Publicado .

Na contramão do discurso oficial do governo ilegítimo, a maioria da população brasileira é contra a privatização de empresas estatais, como deseja a equipe econômica de Temer.

Segundo estudo feito pelo Instituto Paraná Pesquisas, 60,4% dos brasileiros são contrários às privatizações. Outros 35% se disseram favoráveis e 4,2% disseram não saber ou não quiseram opinaram sobre o assunto.

A maior rejeição, 66,3%, está na possibilidade da privatização da Caixa Econômica Federal. Apenas 29,6% se declararam a favor da privatização da instituição financeira e outros 4,1% não opinaram sobre o assunto.

Ainda segundo a pesquisa, 52,8% dos entrevistados se posicionaram contra a privatização da Eletrobras e 65,8% dos brasileiros são contra a privatização da Petrobras.

Ao todo, a pesquisa ouviu 2.492 pessoas em 172 municípios nos 27 estados brasileiros. A margem de erro do estudo é de 2%.

Datafolha

No final de dezembro, o Datafolha também divulgou resultados da pesquisa apontando que sete em cada dez brasileiros (70%) são contra a privatizações, isto é, que empresas do governo sejam vendidas para empresas particulares.

Uma parcela de 20% é a favor, e os demais são indiferentes (2%) ou não responderam (7%).

A posição contrária a privatizações encontra respaldo na visão da maioria de que elas trazem mais prejuízos do que benefícios para o país, compartilhada por 67%.

(Com informações do site da FNU)

Diretores do Sindisan defendem trabalhadores do SAAE em reunião com prefeito de São Cristóvão

Escrito por Assessoria de Comunicação Publicado .

Na tarde da quarta-feira, 27, o prefeito de São Cristóvão, Marcos Santana, recebeu, em audiência, na sede da Procuradoria Geral do Município – PGM, uma comissão de representantes dos funcionários do SAAE, entre eles Marcos Lázaro, que trabalha no órgão há 20 anos, e dos diretores do Sindicato dos Trabalhadores na Indústria da Purificação e Distribuição de Água e em Serviços de Esgotos do Estado de Sergipe – Sindisan, Jorge Tupinambá e Silvio Ricardo de Sá, atual presidente da entidade.

Na avaliação de Jorge Tupinambá, os funcionários do SAAE necessitam de valorização e  recuperação dos seus salários, já que não tiveram qualquer aumento nos últimos 5 anos; bem como de mais investimentos na estruturação do órgão.

Durante a sua explanação inicial, Marcos Santana afirmou que, no caso específico do SAAE, a sua pretensão é iniciar a recuperação salarial em 2018, tendo como perspectiva a realização de um concurso público, além de tornar o SAAE auto-sustentável, garantindo que o órgão preste um serviços de qualidade e também possa ampliar a sua arrecadação.

De acordo com Carlos Melo, diretor-presidente do SAAE, atualmente, a média mensal de faturamento do SAAE está em torno de R$ 160 mil, dos quais 79% do faturamento fica comprometido com o pagamento do pessoal.

“Temos consciência de que não basta apenas investir na modernização dos equipamentos do SAAE, a exemplo da bomba que foi instalada recentemente, sem que haja uma efetiva valorização dos funcionários, que são fundamentais para que a qualidade dos serviços prestados à população seja garantida”, concluiu o prefeito.

(Com informações da Ascom/PMSC)

DESO: por maioria absoluta, categoria aprova contraproposta do Acordo Coletivo

Escrito por Assessoria de Comunicação/Sindisan Publicado .

No último dia 23, trabalhadores da Deso participaram, na sede do sindicato, da Assembleia Geral que avaliou a contraproposta para o Acordo Coletivo de Trabalho 2017/2018 enviada pela direção da Companhia, após a rodada de negociação realizada no dia 20.

Os companheiros que participaram dessa reunião da Deso expuseram suas análises e impressões. Apontaram que a difícil conjuntura política e econômica do país e de Sergipe abre pouca margem para avanços mais significativos para os trabalhadores, mas que, ainda assim, foi possível garantir as conquistas do Acordo Coletivo atual, reposição da inflação sobre as cláusulas econômicas e avanços importantes em algumas cláusulas que a Deso acatou, entre as quais:

- Cláusula Segunda - ACT válido por 24 meses e com princípio da ultratividade (negociado sobre o legislativo).

- Cláusula Oitava - Cartão Alimentação no valor de R$ 1.000,00 (um mil reais).

- Cláusula Décima Quinta - A Deso se compromete em apresentar o Plano de Previdência Complementar.

- Cláusula Décima Sexta - Indenização por tempo de serviço com o incentivo de dois anos de direito ao Plano de Saúde.

- Cláusula Vigésima Segunda - Auxílio por filho portador de necessidades especial - Inclusão de Fibrose Cística e Doenças Degenerativas.

- Cláusula Quadragésima Primeira - A Deso se compromete a apresentar estudo sobre o "Ponto Flexível" em 60 dias.

Contribuição para o fortalecimento da luta sindical

Outra decisão importante da Assembleia foi a aprovação de uma Contribuição dos trabalhadores para o fortalecimento da luta sindical. Por maioria absoluta, os companheiros e companheiras presentes aprovaram a contribuição de 3% sobre o salário-base divididos em três parcelas mensais de 1%.

Ficou estabelecido, ainda, que o trabalhador que não quiser apoiar as lutas da categoria e não contribuir, deve procurar o sindicato e se manifestar por escrito, em até quinze dias depois da homologação do Acordo Coletivo, em formulário disponibilizado pela entidade.

O Sindisan tem feito muitas lutas e campanhas em favor dos direitos da categoria e de enfrentamento contra a extinção da Cohidro e contra as privatizações dos SAAE’s e da Deso. O que precisa ficar claro para os trabalhadores é que não se faz luta sem aporte financeiro.

Enquanto os empresários e os governos têm acesso a milhões de reais para gastar em campanhas contra os interesses da classe trabalhadora e para convencer a população de que privatizar é bom ou que as reformas Trabalhista e Previdenciária são necessárias, o sindicato só tem uma fonte de financiamento: a contribuição dos trabalhadores.

É com essa contribuição que, historicamente, construímos e fortalecemos o Sindisan. Defendemos o fim do Imposto Sindical anual e obrigatório para que, em seu lugar, voluntariamente os trabalhadores financiem o seu sindicato.

É preciso que a categoria se conscientize de que só com o seu sindicato fortalecido é possível enfrentar os sucessivos ataques aos seus direitos.

Vamos à luta! Juntos somos mais fortes!

Terceirização sem fim é um dos grandes problemas dentro da Deso

Escrito por Assessoria de Comunicação/Sindisan Publicado .

Dos diversos problemas que a Deso apresenta, um julgamos ser dos mais graves: a terceirização sem limites nas atividades que deveriam ser de competência exclusiva dos próprios funcionários da Companhia. Sem alarde e sem nenhum temor, a Direção da Deso está abarrotando a Companhia de empresas terceirizadas, deixando dezenas de seus funcionários efetivos simplesmente na ociosidade.

Fato que beira o absurdo, pois sabemos que a Deso tem efetivo suficiente, nas atividades-fim, para desempenhar com eficiência quase todas as tarefas diárias. E se isso não ocorre, não é por falta de efetivo, mas sim por questões meramente administrativas somadas ao terrível peso da ingerência política, onde caciques políticos da base do governo mandam e desmandam dentro da Deso, bastando um simples telefonema para que se passe por cima da burocracia administrativa antes intransponível. E isso não é novidade para ninguém, nem é de hoje.

Onde tudo isso vai dar, não sabemos, mas, certamente, o que vem pela frente não aponta para coisa boa. Afinal, onde serão alocados os nossos colegas que agora estão sem atividades diárias devido aos seus locais de trabalho estarem ocupados por terceirizados?

Depois de dois concursos executados pela Deso – aliás, o último ainda se encontra em vigência – para suprir justamente essas deficiências de pessoal, a quem interessa esse retrocesso? Quem de fato ganha com isso? A alegação recorrente de que funcionários efetivos não estão desenvolvendo suas atividades a contento parece-nos mais uma desculpa esfarrapada que denota falta de capacidade administrativa de quem está à frente da pasta.