São Cristóvão: Trabalhadores continuam sem reajuste salarial

Escrito por Assessoria de Comunicação/Sindisan Publicado .

Os trabalhadores do SAAE de São Cristóvão continuam na penúria. Acreditem se quiser, se nada mudar até maio de 2018, os companheiros vão completar oito anos sem reajuste salarial. Sequer a reposição da inflação do período, que a Constituição garante aos servidores, o SAAE está pagando.

E verificando um site da Prefeitura de São Cristóvão, encontra-se o quadro de trabalhadores do SAAE, onde tem servidor que nesse período não recebeu nenhum incremento em seu contracheque, chegando alguns até mesmo a serem prejudicados, com cortes.

É bom lembrar aos gestores do SAAE que, em 2010, o valor da cesta básica era de R$ 173,56. Em maio de 2017, o valor da cesta básica já era de R$ 370,00. Enquanto isso, os trabalhadores amargam o mesmo salário nesse período. Contra fatos e números não há argumentos. É só perda atrás de perda.

No mês de maio, o Sindisan encaminhou a pauta de reivindicações dos trabalhadores do SAAE para análise e discussão, mas até o momento, não se teve qualquer atenção dos diretores da Autarquia em dar retorno ao sindicato.

Posteriormente, também encaminhamos um ofício cobrando resposta. Como também não houve retorno, diretores do Sindisan foram à sede do SAAE, em São Cristóvão. O diretor ficou de marcar uma reunião para tratar da pauta, mas até o momento, nada foi feito.

Os trabalhadores não tem mais como aguentar essa situação e tanta enrolação das gestões que entram e saem, sem resolver o problema. Até quando?

Violência urbana afeta saúde mental do trabalhador, diz pesquisadora

Escrito por Assessoria de Comunicação Publicado .

Entre 2011 e 2015, segundo dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, a violência no País matou mais pessoas que a Guerra da Síria no mesmo período. Qualquer pessoa está sujeita à violência urbana, que também permeia o mundo do trabalho sob diversas formas e motivada por diferentes fatores.

De acordo com a psicóloga da Fundacentro, Daniela Sanches Tavares, um exemplo é quando ocorre a privação de direitos sociais básicos do cidadão, expondo o trabalhador que presta serviços em condições precárias a agressões e conflitos.

“Essa é uma faceta da violência pouco discutida. É importante lembrar que entre o cidadão insatisfeito e o Estado existe um agente público vulnerável a uma agressão, como é caso de um pai que não consegue matricular o filho na escola ou receber atendimento médico”, explica Daniela.

Ela lembra que o adoecimento não se dá apenas pela ocorrência de um evento violento, mas pelo convívio diário com situações de conflito e de risco iminente, como é o caso também do trabalhador que transporta valores.

A especialista chama a atenção para a deficiência no diagnóstico da causa do adoecimento nos casos de violência, bem como para o alto índice de subnotificação das ocorrências, o que dificulta a discussão de políticas públicas para prevenção e tratamento.

“Muitas vezes, as organizações se voltam mais para o episódio, para o prejuízo patrimonial, identificação de culpados, negligenciando a situação do trabalhador que sofreu a agressão”, complementa a psicóloga. 

(Revista Cipa)

ALESE debate privatização da CHESF

Escrito por Assessoria de Comunicação Publicado .

Trabalhadores do setor elétrico, militantes sindicais e de movimentos sociais, vereadores e gestores sergipanos prestigiaram o Seminário "O Modelo de Reorganização do Setor Elétrico e a Defesa da CHESF como Entidade Pública”. Realizada no Plenário da ALESE, dia 20. O Sindisan esteve presente com a sua direção.

Para deputada estadual Ana Lúcia(PT), que promoveu a audiência em parceria com o deputado federal João Daniel (PT/SE), a privatização gera profundos prejuízos para o cidadão comum, pois para a iniciativa privada, o objetivo maior é o lucro, e não o bem-estar da população.

Ela também destacou a relação entre a privatização da energia elétrica e a entrega do setor hidráulico para a iniciativa privada.

“Ao se privatizar o setor elétrico, que depende do setor hidráulico, o governo está privatizando também a nossa água, bem essencial à vida. Estes dois setores não podem ser dissociados e, portanto, precisamos despertar na população a necessidade de mostrarmos ao Governo Federal, aos deputados federais e aos senadores que o setor elétrico não pode ser privatizado”, alertou a parlamentar.

João Paulo Aguiar, funcionário aposentado da CHESF e representante do Instituto de Desenvolvimento Estratégico do Setor Elétrico, reafirmou que a luta não deve ser apenas para defender a CHESF ou o São Francisco.

“Esta é uma luta mais ampla. É para defender o patrimônio do Brasil. Do jeito que a coisa está, eles vão vender tudo, e por um preço irrisório, passando para o grande capital, aqueles que costumo chamar de traficantes de energia”, avalia.

Ele criticou veementemente o modelo privatista do governo golpista Temer, que prejudicará profundamente a população em detrimento ao fortalecimento do capital estrangeiro.

“A política deste Governo é pior que aquela de Estado mínimo da década de 90; a política agora é de nenhum Estado. O pacote de privatizados, mais do que a venda de empresas, representa o fim da soberania nacional”, completou Fabíola Antezana, representante da Secretaria de Energia da Confederação Nacional dos Urbanitários (CNU).

 

Os 100 anos da Revolução Russa

Escrito por Sérgio Passos* Publicado .

Há 100 anos, com uma grande crise do sistema capitalista, o cenário era o da I Guerra Mundial. Na Rússia, o Czar retirava direitos dos trabalhadores; no campo, os camponeses viviam com se fosse na Idade Média, empobrecidos.

Nas fábricas, os operários se manifestavam com greves, reivindicando melhores salários e condições de trabalho, mas eram fortemente reprimidos.
Sob orientação do Partido Revolucionário do Proletariado (Partido Bolchevique), os operários e camponeses, unidos, tomaram o poder, derrubando o Czar e o seu governo sanguinário, estabelecendo um Estado Socialista, onde os meios de produção passaram a pertencer ao Estado.

Foi uma tentativa de construir uma sociedade justa e igualitária, sem explorados nem exploradores. Quando a imprensa burguesa coloca que  Rússia, China, Cuba e outros são países "comunistas", trata-se de uma grande mentira, pois nenhum desses países conseguiu implantar um Estado Comunista. Foram tentativas de Estado Socialista, que é uma transição para a sociedade Comunista.

A Revolução Russa contribuiu para a mudança no cenário geopolítico mundial, melhorou muito as condições de vida do operariado e campesinato russos. Do outro lado, surgiu, na Europa, o chamado Estado do Bem-Estar Social, numa espécie de competição com o Estado Socialista Russo.

No Brasil, foram várias as greves operárias que forçaram o governo de Getúlio Vargas a implantar a Consolidação das Leis Trabalhistas, a CLT.

E hoje, com a atual crise do sistema capitalista, as condições objetivas de uma revolução mundial do proletariado estão dadas.
Nenhuma direito a menos. Viva os trabalhadores de todo o mundo que produzem toda a riqueza da humanidade!

Vamos à luta!

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*Sérgio Passos é ex-presidente do Sindisan e, atualmente, Secretário Geral do sindicato.

 

Privatização das empresas de saneamento: alguns estados desistem. E Sergipe?

Escrito por Assessoria de Comunicação/Sindisan Publicado .

O programa de privatização de companhias estaduais de saneamento, um dos mais alardeados pelo governo federal em 2016, perdeu força com a proximidade das eleições estaduais em 2018.

De 18 Estados inicialmente interessados, apenas sete tiveram estudos de viabilidade iniciados e são apontados como projetos que podem virar editais no próximo ano.

O número pode cair mais: empresas contratadas pelo BNDES para estruturar os estudos reclamam de entraves políticos, principalmente pela proximidade das eleições.

"Alguns governadores tomaram consciência das dificuldades corporativas, e acabaram imprimindo um ritmo mais lento ao processo", afirma Rafael Vanzella, sócio do Machado Meyer, responsável pelo estudo de viabilidade em Sergipe, que está atrasado.

Os estudos já contratados deverão ser concluídos e apresentados aos respectivos Estados até dezembro. A partir daí, inicia-se outro filtro: cada governo estadual deverá acatar ou não as sugestões dos estudos, promover consultas públicas e, então, lançar os editais.

A expectativa das companhias interessadas nos ativos é baixa, ao menos para 2018. Ainda assim, os projetos poderão ser retomados em 2019, avaliam os executivos.

Os sete Estados já com estudos contratados são Acre, Alagoas, Amapá, Ceará, Pará, Pernambuco e Sergipe. Roraima, Rondônia e Rio de Janeiro ainda estão em fase de contratação. Os demais Estados "não manifestaram interesse firme em aderir", relatou o BNDES.

Maranhão, Paraíba e Rio Grande do Norte são apontados como alguns dos Estados que voltaram atrás por resistências internas.

Além disso, há a situação do Rio, que é particular: a privatização da Cedae (empresa de saneamento fluminense) faz parte do plano de recuperação fiscal do Estado e deve ser conturbada, embora o interesse pelo ativo seja grande.


 (Com informações da  Folha de S.Paulo)