Diretoria eleita do Sindisan toma posse

Escrito por George W. Silva / Ascom-Sindisan Publicado .

A nova diretoria do Sindisan, eleita para o triênio 2017/2020, tomou posse na noite da última sexta-feira, 29/9, em solenidade realizada na sede da entidade.

Estiveram presentes o advogado Henri Clay Andrade, da Advocacia Operária; o presidente da Central Única dos Trabalhadores de Sergipe (CUT-SE), Rubens Marques de Sousa; o supervisor técnico do Dieese em Sergipe, Luis Moura; o vereador de Aracaju, Iran Barbosa (PT); e a secretária de Comunicação da FNU, Iara Nascimento – que também é dirigente do Sindisan; além de dirigentes sindicais, como Sérgio Alves, do Sinergia, Paulo Sousa, do Sindijor, Tomé Rodrigues Filho, do Sinditic, e Plínio Pugliese, do Sindijus.

Vários trabalhadores da base e familiares dos diretores também prestigiaram a solenidade, assim como o deputado federal João Daniel (PT/SE) e a deputada estadual Ana Lúcia (PT), que esteve representada por sua assessoria.

Em sua última fala como presidente do Sindisan, Sérgio Passos, que esteve à frente da entidade nos triênios, 2008/2011, 2011/2014 e 2014/2017, e permanece na nova diretoria como Secretário-geral, fez questão de reforçar o caráter autônomo, classista, independente e de luta do Sindisan frente aos desafios postos para a classe trabalhadora.

“Temos que estar preparados para organizar os trabalhadores e construir uma sociedade justa, igualitária, sem explorados e sem exploradores, e onde as riquezas produzidas fiquem nas mãos dos trabalhadores, que são os verdadeiros produtores dessa riqueza. Este é o grande desafio do movimento sindical”, colocou.

Passos deixou claro que deixa a presidência do sindicato, mas estará firme, do “lado esquerdo” do novo presidente e apoiando a nova diretoria nas lutas que virão, em especial, contra as privatizações.

“Passo a tarefa para o companheiro Silvio Sá e, juntos, vamos continuar a luta em defesa da Deso, da Cohidro, dos SAAE's e de seus trabalhadores, mas principalmente em defesa da água, que é a nossa maior riqueza e existem interesses muito grandes de multinacionais de olho nessa riqueza. Pior que privatizarem as nossas empresas de saneamento é privatizarem a água”, destacou Sérgio, lembrando que o Sindisan tem cumprido a tarefa de levar esse debate para a sociedade e para as Câmaras de Vereadores dos municípios sergipanos.

Tarefa militante

O presidente eleito Silvio Sá, que liderou a Chapa 1 e obteve uma votação histórica (67,71% dos votos contra 24,54% da oposição), no pleito realizado nos dias 21 e 22 de agosto último, agradeceu a todos que ajudaram na campanha vitoriosa, em especial, os membros da direção. Sá reforçou o seu compromisso em estar à frente do sindicato como uma tarefa militante assumida depois de muitas conversas com Sérgio Passos.

“Não tenho perfil de sindicalista, relutei até os 46 minutos do segundo tempo, mas depois de muita insistência e persistência do companheiro Sérgio Passos, ele me convenceu a continuar ao seu lado, mas agora à frente do sindicato. E hoje ele me passa o bastão”, afirmou.

Silvio Sá fez um breve histórico da sua trajetória de 33 anos como servidor da Deso e reforçou que essa experiência adquirida vai ajudar muito na tarefa de comandar o Sindisan e enfrentar os embates que virão pela frente.

“As dificuldades serão muitas, e nós já estamos enfrentando, diante da tentativa de privatização da Deso. Mas, junto com essa diretoria e com a própria categoria, que nos escolheu, vamos superar todas elas. Sou um aluno da política sindical e tenho muito ainda a aprender, mas nossa categoria é politizada e inteligente, e sei que vai contribuir muito com o meu trabalho”, ressaltou, apontando, ainda, que deseja deixar ao menos duas grandes marcas na história do sindicato.

“Uma, nós já cravamos, que foi a maior vitória na história deste sindicato; e a segunda, nós vamos conseguir, que é barrar a privatização da Deso. E esta não será uma vitória minha, mas de toda a diretoria e de toda a categoria”, enfatizou o novo presidente do Sindisan.


A Diretoria que tomou posse para o triênio 2017/2020 é a seguinte:

Diretoria Executiva:
Presidente: Silvio Sá
Secretário-Geral: Sérgio Passos
Dir. Adm. e Finanças: Iara Nascimento
Dir. Estudos Socioeconômicos: José Rafael
Dir. Assuntos Jurídicos: Cosme Nascimento
Dir. Com. e Rel. Intersindical: Neemias Amâncio
Dir. Cultura: Márcio Glairton
Dir. Formação: Jorge Tupinambá
Dir. Seg. Saúde Trabalhador: Durval de Jesus
Dir. Ass. Prev. e Aposentados: Rilda Ferreira

Suplentes da Direção Executiva:
José Edson Barreto, Nataniel Barros, Joe Igor, Genivaldo Farias, Edil Soares, Edigean Aquino, Francisco Almeida, Luciano Silva Santos, Maria Nivalda Santos, Sérgio Manhães.

Conselho Fiscal – Titulares:
Edson Alemão, Israel Alves, João Wilton.

Suplência do Conselho Fiscal:
Acácia Maria Gomes, Paulo Rogério, Wendell Santos Leite.

 

Deso: categoria define pauta de reivindicações para o ACT 2017/2018

Escrito por Assessoria de Imprensa / Sindisan Publicado .

No último dia 23/9, os trabalhadores da Deso, da Capital e do Interior, se fizeram presentes, na sede do Sindisan, para construírem a Pauta de Reivindicações para o Acordo Coletivo de Trabalho 2017/2018. Como sempre, a assembleia de discussão da pauta não despertou muito interesse da categoria, o que é histórico entre os trabalhadores. Mesmo assim, houve uma boa participação, com presença maior dos companheiros do Interior.

No ponto de informes, tivemos a participação da assessora jurídica do Sindisan, Lana Iara, que passou informações sobre algumas ações jurídicas em andamento. Também falou sobre a Reforma Trabalhista proposta pelo governo ilegítimo de Temer, a necessidade de fortalecimento do sindicato e a unidade dos trabalhadores, pois se a categoria não estiver unida e organizada, há riscos de perda de algumas conquistas que a Lei garante, mas com a Reforma, passa a prevalecer o negociado sobre o legislado.

O presidente Sérgio Passos tratou da conjuntura atual, colocando que as crises do sistema capitalista são cíclicas e inevitáveis, já que as mesmas são geradas por excesso de produção e para reduzir ganhos dos trabalhadores. E citando a música de Geraldo Vandré "Para não dizer que não falei das flores", destacou  a frase "Pelos campos há fome em grandes plantações..." para mostrar o que está acontecendo com o agronegócio, onde existe grande produção de grãos, mas essa produção fica armazenada, aguardando o aumento dos preços.

"Por isso a necessidade dessa reforma, para retirar direitos dos trabalhadores e aumentar o lucro dos patrões, sendo que os verdadeiros produtores das riquezas geradas são os trabalhadores. Então, precisamos enfrentar essas reformas e os ataques aos direitos dos trabalhadores", disse Sérgio.

A Assembleia

Depois de algumas discussões, foi seguida a Cartilha do ACT 2016/2017, lendo-se cláusula por cláusula, fazendo as alterações necessárias  e incluindo novas cláusulas. Após quase três horas de debates, a pauta foi finalizada e aprovada pela maioria dos trabalhadores presentes.

O ACT construído na assembleia passará pela Assessoria Jurídica do Sindisan e, assim que for ratificado, será enviado para a direção da Deso. Esperamos fechar este Acordo até o dia 31 de outubro . Mas caso não haja condições para o fechamento do novo ACT até esta dada, vamos nos reunir com a direção da Deso para fazer um Termo Aditivo ao Acordo Coletivo, prorrogando o ACT 2016/2017 até assinatura do novo.

E VAMOS À LUTA!!!


Notícias Rápidas

Escrito por Assessoria de Imprensa / Sindisan Publicado .

Mais uma ação vitoriosa para os trabalhadores

Saiu mais uma Ação favorável aos trabalhadores da Cohidro no Processo Nº 000196596.2015.5. 20.0004. Esse processo é referente ao Dissídio Coletivo de 2014, onde a Cohidro passou a pagar o reajuste salarial de 6,38% somente a partir de julho de 2014.

O Sindisan, através da sua assessoria jurídica, entrou com essa Ação na Justiça do Trabalho para que a Cohidro pagasse a diferença dos meses de janeiro a junho de 2014 devida aos trabalhadores.

Vitória nesta Ação, vamos agora aguardar a negociações com a Companhia para ver como será feito o pagamento desses valores.


Solução ou ignorância?

Diante da situação critica, relativa às condições de trabalho no R-1, a direção do Sindisan solicitou à direção da Deso uma reforma no banheiro utilizado pelos trabalhadores.

Em lugar da reforma sugerida pelo sindicato, o que fez a diretoria responsável? Mandou demolir o banheiro, sob a justificativa de que não era utilizado.

Agora, diante dessa solução "brilhante", o trabalhador que "se apertar" terá que fazer as suas necessidades fisiológicas no Distrito Norte, a 50 metros da Casa de Bombas.


Reforma trabalhista pode gerar distorções entre trabalhadores

Escrito por Imprensa Publicado .

Com a entrada em vigor das novas regras trabalhistas, em novembro, especialistas em direito chamam atenção para possíveis distorções que podem surgir entre trabalhadores que exercem atividade semelhante, só que em cidades diferentes.

O carioca Alexandre Cavalcante Loyola, de 42 anos, trabalha como metalúrgico em uma fabricante de peças para carros e caminhões desde 1997. Sindicalizado desde o início da carreira, ele diz participar de todas as assembleias sindicais e avalia que houve avanço na relação entre os empregados e as empresas, mas reconhece que a representatividade da categoria no Rio é mais fraca do que em polos tradicionais de montadoras, como a região do ABC.

"Sempre levamos desvantagem nas pautas que já podiam ser negociadas. Como é uma profissão em que o trabalhador se expõe a condições insalubres, a relação com as empresas nunca foi das mais tranquilas. Não é por acaso que grande parte da força do movimento sindical brasileiro surgiu nas fábricas de automóveis. Agora, com a aprovação da reforma, as desigualdades vão aumentar."

As novas regras trabalhistas definem, entre outras questões, que o negociado passa a prevalecer sobre o legislado em 15 itens, que vão passar a ser definidos por meio dos sindicatos - como intervalo para almoço, enquadramento do grau de insalubridade e participação nos lucros e resultados da empresa.

"A categoria pode perder tudo que conquistou, sobretudo em questões sérias, como os benefícios de insalubridade. Onde o sindicato é mais fraco, o trabalhador não vai ter condições de discutir. Por mais que a empresa seja qualificada, ela vai impor regras mais vantajosas para ela, se perceber que a categoria é menos organizada naquela região", acredita Loyola.

A negociação sindical vale apenas para a base territorial que aquela associação representa - um sindicato dos trabalhadores de uma determinada categoria na região metropolitana de São Paulo já podia negociar benefícios específicos para os seus associados antes da aprovação da reforma trabalhista. O que a mudança na CLT fez foi ampliar as possibilidades do que pode ser negociado.

De O Estado de S. Paulo

Organizações populares definem dia de luta pela soberania nacional

Escrito por FNU Publicado .

As entidades que compõe a Frente Brasil Popular e a Plataforma Operária e Camponesa da Energia fixaram no calendário a data de 3 de outubro como o “Dia de Luta pela da Soberania Nacional”. Em meio ao pacote de privatizações anunciado pelo governo Temer, que inclui parte da Petrobras, todo o sistema Eletrobras e até mesmo a Casa da Moeda, as entidades populares pretendem mobilizar milhares de pessoas em todo o país.

No Rio de Janeiro, onde estão sediadas a Petrobras e Eletrobras, ocorrerá o ato nacional, com uma marcha prevista no centro da capital carioca. Em outros estados, além de manifestações de rua, estão sendo construídas aulas públicas de cidadania em universidades e escolas, com a temática do “Pré-sal para a educação”.

64 anos de Petrobras

A escolha da data não foi feita sem critério. No dia 3 de outubro, a Petrobras completa 64 anos de vida. A maior estatal brasileira, e uma das maiores de petróleo do mundo, está passando por um desmonte desde o impeachment de Dilma Rousseff e a ascensão de Pedro Parente à presidência da empresa. O último anúncio foi a venda de 90% da participação da Petrobras na Transportadora Associada de Gás (TAG), responsável pelo transporte de gás natural.

Para o coordenador geral da Federação Única dos Petroleiros (FUP), o mais importante desse dia de mobilização é criar um canal de diálogo com a população sobre a importância da estatal. “Se cada cidadão soubesse o que representa o pré-sal e a Petrobras para o Brasil, todos estariam nas ruas. Precisamos criar uma grande corrente que una amplos setores sociais para lutar pela nossa soberania em relação ao petróleo, ao pré-sal e a Petrobras”.

Setor elétrico

São 47 usinas hidrelétricas, 114 termelétricas a gás natural, óleo e carvão, duas termonucleares, 69 usinas eólicas e uma usina solar, além de participação na usina binacional de Itaipu (Brasil-Paraguai) e nas usinas hidrelétricas de Xingó, Belo Monte e Santo Antônio e Jirau, ambas em Rondônia. Esse o patrimônio da Eletrobras que será vendido caso a privatização proposta por Temer se concretize. A líder do setor elétrico na América Latina emprega 17 mil funcionários.

Para tentar barrar essa entrega de patrimônio, que acarretará no aumento de pelo menos 16,7% na tarifa de energia elétrica imediatamente após a privatização, como anunciou a própria Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), a Federação Única dos Urbanitários (FNU) está preparando uma paralisação no dia 3 de outubro, que está sendo chamada de “Greve Nacional do Setor Energético”.

Com informações do site da FNU