Federalização do saneamento será discutida em seminário nacional da FNU em Aracaju

Escrito por Assessoria de Comunicação Publicado .

Nos próximos dias 11 e 12 de julho, Aracaju recebe dirigentes de sindicatos urbanitários de todo o país para o 2º Seminário Nacional de Saneamento, onde será discutido o tema ‘As PPP's e a Federalização do Saneamento’. O evento, realizado pelo Sindicato dos Trabalhadores em Água e Esgotos de Sergipe – SINDISAN e pela Federação Nacional dos Urbanitários – FNU, faz parte da agenda de atividades do Coletivo Nacional de Saneamento da FNU e acontece no Hotel Real Classic, na Orla de Atalaia.

O presidente do SINDISAN, Sérgio Passos, destaca que este será o primeiro evento sindical que debate, em nível nacional, o setor de saneamento em Sergipe, o que reforça a importância do seminário. Ele também aponta semelhanças nas realidades vividas pelas companhias de saneamento nos estados, que enfrentam desmonte patrimonial e precarização dos serviços ofertados à população, e que a troca de informações entre dirigentes ajuda a compreender e enfrentar melhor essa dura realidade.

A gente observa que os problemas graves que acontecem aqui na Deso também se verificam na maioria das companhias de saneamento do Brasil. Mais parece um desmonte nacional programado. Estão precarizando os serviços dessas companhias para assim justificarem uma possível privatização ou as famigeradas parcerias público-privadas (PPP's)”, ressalta o sindicalista.

Sobre as PPP's, ele lembra que várias cidades brasileiras onde elas foram adotadas no setor de saneamento não conseguiram resolver os problemas no fornecimento dos serviços de água e esgotamento sanitário, ficando como saldo para a população o aumento exorbitante das tarifas.

Federalização e privatização

Sérgio Passos aponta que, nos últimos meses, surgiu a novidade do debate sobre a federalização das companhias estaduais de saneamento, com o próprio Governo de Sergipe já sinalizando para essa possibilidade, de negociar ativos da Deso como garantia em renegociações da dívida pública do estado junto ao Governo Federal.

Diante dessa novidade, precisamos debater o que está por trás dessa federalização e a quem ela realmente interessa, porque ao povo é que não é. Para nós, trata-se de privatização disfarçada, como aconteceu com os aeroportos brasileiros. Por isso, precisamos debater o tema com pessoas de todo o país que tem conhecimento do assunto e experiência sobre o que são as PPP's”, explica.

Para Sérgio Passos, um serviço tão essencial para a população, como é o de saneamento, não pode ficar nas mãos de grandes grupos econômicos que só visam lucro e não costumam oferecer cobertura de serviços onde não consigam ter lucratividade, como em áreas remotas e de baixa renda. O sindicalista também não vê razão para “queimar” o patrimônio público para pagar dívidas já que, no fim das contas, quem sai perdendo sempre é a população, que não vê retorno nessas negociações.

Esse desmonte sistemático das companhias de saneamento a gente sabe qual o objetivo: é piorar os serviços a ponto de colocar a população contra as nossas empresas públicas, por estarem sucateadas e não prestarem bons serviços, e assim justificar uma possível privatização”, diz.

E não adianta o governador (Jackson Barreto) afirmar que não existe a menor possibilidade de se privatizar a Deso, porque não há nenhuma garantia de que isso não possa acontecer. É só lembramos do que aconteceu com a antiga Energipe (hoje Energisa), que também sofria com o crescente sucateamento, mas o governo da época assumiu, publicamente, o compromisso de não privatizar. Três meses depois privatizou para pagar dívidas do estado e a cor do dinheiro ninguém viu”, recorda Passos.

 

CONFIRA A PROGRAMAÇÃO:

Dia 11 de julho de 2016 - Reunião do Coletivo de Saneamento

| MANHÃ

- 07h30 às 08h00 – Recepção e Credenciamento

- 08h15 - Mesa de abertura

- 08h30 às 09h00 - Análise de Conjuntura: “Ataques às conquistas da Classe Trabalhadora o desmonte e Privatização do Setor de Saneamento”
Palestrante: Rubens Marques – Presidente da CUT/SE

-  09h00 às 09h30 - Parcerias Públicas Privadas – “As medidas anunciadas de Privatização e Alienação das Companhias Estaduais de Saneamento”.
Palestrante: Arilson Wunsch – Diretor da FNU e SINDAGUA-RS

- 09h30 às 09h40 – Intervalo

- 09h40 às 11h50 – Debate

- 12h00 às 13h30 – Almoço

| TARDE

- 13h30 às 14h30 – Informes dos Estados

- 14h30 às 15h00 – Balanço das campanhas salariais do Setor de Saneamento
Palestrante: Fábio Giorio Smarçaro – Secretário de Saneamento da FNU e Presidente do SINDAEMA-ES

- 15h00 às 15h10 – Intervalo

- 15h10 às 16h10 – Debate: Lutas e desafios nos Estados contra as PPP’s

- 16h10 às 16h40 – Agenda para o 2° semestre

- 16h40 às 17h40 – Nota Técnica do Dieese
Palestrante: Pedro Tabajara Blóis Rosário – Diretor Presidente da FNU

Dia 12 de julho de 2016 - Seminário

- 08h às 08h15 – Mesa de abertura

- 08h15 às 10h45 – Seminário:

Mesa 1 - As PPP's e Federalização do Saneamento
Palestrante: Abelardo de Oliveira Filho

Mesa 2 - Luta e resistência dos trabalhadores contra as PPP's
Palestrante: Pedro Romildo – Secretário Nacional de Saneamento da CNU

Mesa 3 - Os desafios frente às PPP's
Palestrante: Antônio Carlos da Silva Góis

10h45 às 11h – Intervalo

11h às 12h30 – Debate final e apresentação de propostas

 

Aracaju recebe o 2º Seminário Nacional de Saneamento da FNU

Escrito por Assessoria de Comunicação Publicado .

O Sindicato dos Trabalhadores em Água e Esgotos do Estado de Sergipe – SINDISAN está trazendo para Aracaju o 2º Seminário Nacional de Saneamento, com o tema ‘As PPP's e a Federalização do Saneamento’. O evento será realizado nos dias 11 e 12 de julho, no Hotel Real Classic, na Orla de Atalaia.

O Seminário é uma atividade do Coletivo Nacional de Saneamento da FNU e reúne sindicatos  urbanitários de todo Brasil.

Diretor do SINDISAN e membro do Coletivo da FNU, Jorge Tupi explicou que um dos objetivos do Seminário é fazer o levantamento com trabalhadores de todo o Brasil para saber como está a questão das concessões do serviço de saneamento e distribuição de água em cada estado.

“Passamos por um momento crítico. Saneamento básico é saúde e água é vida, tem que estar ao alcance de todos. Verificamos em estados que privatizaram o serviço de saneamento e distribuição de água, a exemplo do Paraná, que a tarifa foi elevada. Já existem várias empresas privadas nacionais e internacionais interessadas no mercado do saneamento. Mas a água não pode ser tratada como mercadoria, porque é um bem essencial. Privatização não é o caminho”, defende.

Jorge Tupi acrescentou que todos os problemas já citados sobre a privatização já se tornaram realidade em alguns estados que privatizaram o saneamento e a distribuição de água, a exemplo do Tocantins, Bahia, Piauí e Alagoas.

Também diretora do SINDISAN e integrante do Coletivo, Iara Nascimento ressaltou que a possível federalização das empresas estatais de saneamento (o Governo de Sergipe já sinalizou que pretende federalizar a DESO em negociação com a dívida pública do Estado junto ao Governo Federal) é um assunto que afeta a população.

Segundo Iara, o aumento da tarifa e problemas no abastecimento e distribuição de água potável são consequências prováveis da privatização do sistema de saneamento básico. Demissão em massa, rebaixamento de salários, perda de direitos e precarização das condições de trabalho também preocupam os mais de 1.600 trabalhadores da DESO.

Os dirigentes sindicais citaram o caso da antiga Energipe, hoje Energisa, como exemplo para lembrar que antes da privatização a empresa tinha 1.200 funcionários e agora conta com menos de 850.

“O Coletivo Nacional de Saneamento está em estado de alerta. A cada três meses realizamos encontros, seminários e espaços de debate em diferentes estados para deliberar formas de enfrentamento e combate às privatizações. Precisamos compreender exatamente o impacto das PPP's, o rolo compressor da privatização que já atinge vários estados e uma possível federalização do saneamento. A população precisa estar ciente da seriedade deste problema”, avaliou Iara.

CONFIRA A PROGRAMAÇÃO:

Dia 11 de julho de 2016 -  Reunião do Coletivo de Saneamento

| MANHÃ

- 07h30 às 08h00 – Recepção e Credenciamento

- 08h15 - Mesa de abertura

- 08h30 às 09h00 - Análise de Conjuntura: “Ataques às conquistas da Classe Trabalhadora o desmonte e Privatização do Setor de Saneamento”
Palestrante: Rubens Marques – Presidente da CUT/SE

-  09h00 às 09h30 - Parcerias Públicas Privadas – “As medidas anunciadas de Privatização e Alienação das Companhias Estaduais de Saneamento”.
Palestrante: Arilson Wunsch – Diretor da FNU e SINDAGUA-RS

- 09h30 às 09h40 – Intervalo

- 09h40 às 11h50 – Debate

- 12h00 às 13h30 – Almoço

| TARDE

- 13h30 às 14h30 – Informes dos Estados

- 14h30 às 15h00 – Balanço das campanhas salariais do Setor de Saneamento
Palestrante: Fábio Giorio Smarçaro – Secretário de Saneamento da FNU e Presidente do SINDAEMA-ES

- 15h00 às 15h10 – Intervalo

- 15h10 às 16h10 – Debate: Lutas e desafios nos Estados contra as PPP’s

- 16h10 às 16h40 – Agenda para o 2° semestre

- 16h40 às 17h40 – Nota Técnica do Dieese
Palestrante: Pedro Tabajara Blóis Rosário – Diretor Presidente da FNU

Dia 12 de julho de 2016 - Seminário

- 08h às 08h15 – Mesa de abertura

- 08h15 às 10h45 – Seminário:

Mesa 1 - As PPP's e Federalização do Saneamento
Palestrante: Abelardo de Oliveira Filho

Mesa 2 - Luta e resistência dos trabalhadores contra as PPP's
Palestrante: Pedro Romildo – Secretário Nacional de Saneamento da CNU

Mesa 3 - Os desafios frente às PPP's
Palestrante: Antônio Carlos da Silva Góis

10h45 às 11h – Intervalo

11h às 12h30 – Debate final e apresentação de propostas

 

(Com informação adicionais do site da CUT/SE)

DESO manda retirar faixas colocadas pelo Sindicato

Escrito por Assessoria de Comunicação Publicado .

Um dos instrumentos históricos de comunicação dos sindicatos com os trabalhadores são as faixas.

O SINDISAN sempre as utilizou para dialogar com a categoria sobre temas que interessam aos trabalhadores e à população.

Diante da possibilidade de federalização da DESO, o sindicato vem alertando a categoria de várias formas, incluindo faixas. Mas qual não foi a nossa surpresa ao saber que, por ordem da direção da Companhia, as faixas colocadas pelo SINDISAN foram retiradas da sede e de outras unidades.

Só temos que lamentar essa atitude, que cerceia o direito dos trabalhadores de serem informados pelo seu sindicato. São as lutas da categoria que estão sendo silenciadas, muitas vezes por chefes que, como qualquer outro dentro da DESO, são também trabalhadores.

Trabalhadores da COHIDRO também excedem horas e ficam sem receber

Escrito por Assessoria de Comunicação Publicado .

Na edição passada do Água Quente, denunciamos a situação dos companheiros da DESO que trabalham nas equipes de conserto de vazamentos em redes e que vêm sendo submetidos a condições degradantes de trabalho.

Esses companheiros, quando são escalados para serviços de reparo que, muitas vezes, acabam por se estender além da hora normal de trabalho, são obrigados a terminar os reparos até altas horas e não estão recebendo as horas extras trabalhadas. Um verdadeiro absurdo!

Pois este mesmo absurdo está acontecendo na COHIDRO, onde companheiros que trabalham na perfuração de poços também acabam sendo obrigados a terminar os serviços passando do horário normal e estão, também, sem receber as devidas horas extras trabalhadas.

Esperamos que a nova direção da COHIDRO, que tem afirmado que veio para resgatar a Companhia e a dignidade dos seus funcionários, se atente quanto a esse problema a fim de resolvê-lo o quanto antes, e que não repita o erro da DESO, onde os problemas existentes e os malfeitos são denunciados pelo Sindicato, mas a sua direção faz ouvido de mercador e pouco se mobiliza para solucioná-los, penalizando e prejudicando os trabalhadores.

População quer auditoria no SAAE de São Cristóvão

Escrito por Assessoria de Comunicação Publicado .

Diante dos graves problemas de abastecimento de água que vêm prejudicando há anos os moradores de São Cristóvão, tem circulado nas redes sociais uma campanha para saber os reais motivos para tantos problemas no SAAE e para a falta de investimentos em saneamento no município.

Alguns cidadãos de São Cristóvão vêm se mobilizando e defendendo uma auditoria imediata e independente do SAAE. Querem saber se, de fato, a Autarquia passa por dificuldades financeiras e qual o tamanho real do rombo. Além disso, querem saber, com clareza, qual a receita e quais as despesas mensais, e como está sendo gasto toda a receita que entra no SAAE.

Hoje o órgão tem apenas 17 servidores efetivos, que vêm comendo, há seis anos, "o ´pão que o diabo amassou", sem reajuste salarial e perdendo direitos; e ‘dizem’ que são mais de 50 terceirizados engordando a Autarquia.

É preciso transparência para se saber a verdade. O povo de São Cristóvão exige  é há leis federais que obrigam os órgãos a terem transparência com os gastos públicos.