Percorrendo algumas ETAs da Regional Norte, o que facilmente observamos, além do total abandono das mesmas, pois algumas se assemelham a depósitos de lixo, é o incrível estado de tensão e acuamento que os trabalhadores estão sentindo nos seus locais de trabalho em função da violência.
Em Pirambu, depois de várias tentativas de assalto, algumas com sucesso, somada à total ausência da gerência da DESO, os trabalhadores compraram, com recursos próprios, um moderno sistema de monitoramento, com vigilância através de câmeras filmadoras, investindo um total de R$ 1.800,00.
Também compraram várias folhas de madeirite plastificado para pôr nas janelas da estação, para com isso tentar aumentar a sensação de segurança no local, já que a chefia da DESO insiste em dizer que não tem nada a ver com isso, pois os salários estão sendo pago religiosamente em dia (como se isso tivesse relação com a obrigação legal que a empresa tem de dar segurança ao seus funcionários).
Ainda nessa mesma Regional, na cidade de Brejo Grande, os trabalhadores não tem sossego. Já não levam quase nada para trabalhar, pois o escritório não oferece a mínima condição de permanência no seu interior. Os poucos pertences e ferramentas que deixam no final de semana, são roubados no sábado ou no domingo por meliantes. Algo tem de ser feito com urgência. Notamos algumas obras de melhorias que foram iniciadas, mas, no momento, estão completamente paralisadas.
Em relação aos serviços operacionais e de rotina, a Camel, dona exclusiva do contrato de novas ligações, por falta de efetivo deixa em algumas localidades o cliente esperar, em alguns casos, até sete meses para efetuar uma ligação. Isso com o olhar sempre complacente dos fiscais da DESO. Até quando isto vai continuar?
Por essas e tantas outras coisas mais é que a enxurrada de ações contra a DESO não para de pipocar no Setor Jurídico da Companhia. Alguém precisa chamar o feito à ordem e começar a verificar o porquê de tanta independência por parte da Camel.
Para o SINDISAN, algo não está encaixando. Precisamos de respostas. Se todos queremos o bem comum para a DESO e o respeito e apoio de toda a sociedade sergipana para com os nossos serviços, precisamos imediatamente responder aos seus anseios e reclames.
Além de todas essas mazelas, na mesma Regional Norte, em várias localidades há fornecimento de água por parte da DESO mas nenhum centavo é cobrando por falta de cadastramento. Isso é abrir mão de receita, tão importante para manter a Companhia funcionando. Só os gerentes que não enxergam o problema.
Além disso, o reservatório elevado de Muribeca segue na iminência de cair. O SINDISAN fez a denúncia no ano passado e nada foi feito. O vazamento só aumentou. Até quando ficará assim?