Na manhã do sábado, 10, os membros eleitos para a direção Executiva, Conselho Fiscal e os respectivos suplentes e que conduzirão o SINDISAN nos próximos três anos (triênio 2020-2023), tomaram posse.

A solenidade aconteceu na sede do sindicato e, por conta da pandemia de Covid-19, contou com a participação apenas dos eleitos e de alguns poucos convidados, representando entidades, e seguindo todos os protocolos recomendados pela Organização Mundial da Saúde e pelos decretos do governo do Estado.

A posse teve transmissão pela página do sindicato no Facebook, para contemplar a categoria.

Formaram a mesa da solenidade o presidente reeleito do SINDISAN, Silvio Sá; o presidente da Central Única dos Trabalhadores de Sergipe (CUT-SE), Roberto Silva; o coordenador do Dieese em Sergipe, o economista Luís Moura; o advogado Henri Clay Andrade, representando a Advocacia Operária; e o deputado federal João Daniel, presidente estadual do Partido dos Trabalhadores.

E por transmissão remota, enviaram saudações aos eleitos o presidente da FNU, Pedro Blois; o vice-presidente do Sindágua da Paraíba, Geraldo Quirino; o diretor nacional da CUT, Marcelo Fiori; e o deputado estadual Iran Barbosa, do PT.

Confira mais fotos da solenidade aqui.

No bojo das muitas reclamações existentes por parte dos trabalhadores, sobretudo aquelas relacionadas à segurança, uma merece destaque. No último dia 29/09, assaltantes fortemente armados e truculentos fizeram reféns os operadores de uma unidade da DESO, dessa vez a Estação de Tratamento de Água do Piauitinga, no município de Salgado.

Os ladrões, além de levarem os pertences dos funcionários daquele plantão, ainda roubaram os cabos elétricos dos quadros de bombas da captação e se evadiram do local com o veículo de um dos funcionários.

A invasão à ETA ocorreu por volta das 18h, e os bandidos permaneceram no local por mais de uma hora, tempo em que amarraram os funcionários e, com armas em punho apontadas para as suas cabeças, submeteram-nos a agressão psicológica o tempo todo.

A DESO informou que está averiguando a situação e acompanhando a situação dos funcionários. A direção da Companhia disse também que está avaliando os meios de segurança viáveis para o local, que é totalmente aberto, cercado apenas por arame farpado e não há vigilante na área, nem outros meios de segurança, ficando os funcionários à mercê da sorte.

O SINDISAN está acompanhando o caso.

No último dia 30 de setembro, em um dia nefasto, a multinacional BRK Ambiental venceu o leilão da Companhia de Saneamento da vizinha Alagoas (Casal). Com um lance de R$ 2,009 bilhões, a empresa privada abocanhou um filé: vai ser responsável pelo fornecimento de água e coleta de esgoto na região metropolitana de Maceió pelos próximos 35 anos. O leilão aconteceu na bolsa de valores B3, em São Paulo.

No outro lado da fronteira, na Bahia, o governador petista Rui Costa apresenta como solução para captação de recursos para investimento, a abertura de capital da Embasa, o que vai, no fundo, beneficiar os especuladores do mercado financeiro, penalizar a população com aumento de tarifas e atacar os direitos dos trabalhadores.

Ambas as iniciativas dos estados vizinhos acendem um sinal de alerta para os trabalhadores da DESO e dos SAAEs. Será preciso muita mobilização para enfrentar qualquer proposta privatista dessas. Certo é que, depois que o governo Bolsonaro conseguiu a aprovação do Novo Marco Legal do Saneamento no Congresso, governadores começam a eriçar suas ideias privatistas. Todo cuidado é pouco!

Nos meses de abril e agosto deste ano, as estações do Perímetro da Ribeira EB-1 e EB-2 foram assaltadas com os mesmos métodos. Aproveitando-se da ausência de funcionários na estação, meliantes invadiram o local, valendo-se da completa falta de segurança, arrombaram as portas e fizeram a festa.

Além de levarem pertences dos trabalhadores, os ladrões cortaram e levaram todos os cabos; inclusive, estouraram o transformador para levar o cabeamento de cobre.

Diante desses fatos e da completa falta de segurança, a COHIDRO providenciou vigilante para as estações, mas somente até o dia 10/10.

Também providenciou a instalação de câmeras de monitoramento, mas uma empresa foi instalar não pôde, porque simplesmente não há rede de internet nas estações. As portas arrombadas, no entanto, até hoje estão do mesmo jeito!

O SINDISAN reivindica da COHIDRO, além das câmeras e do conserto das portas, muros altos com serpentinas e vigilantes permanentes. É pedir demais?