SINDISAN estará na Câmara de Vereadores de Aracaju e fará ato no Dia Mundial da Água

Escrito por George W. Silva Publicado .

Nesta terça-feira, 21, o presidente do Sindicato dos Trabalhadores na Indústria da Purificação e Distribuição de Água e em Serviços de Esgotos do Estado de Sergipe (SINDISAN), Sérgio Passos, estará na Câmara Municipal de Aracaju, onde, em Tribuna Livre articulada pelo vereador Iran Barbosa (PT), tratará do tema “Deso como Companhia Pública: garantia aos sergipanos do direito humano de acesso à água”.

Para o presidente do SINDISAN, é importante ocupar os espaços públicos para debater a importância da Deso para os sergipanos como uma empresa pública que presta serviços de relevância à sociedade e é estratégica para o estado.

“Vamos defender, também, nesse debate, a nossa posição contrária a qualquer forma de privatização da Deso, como quer o governador Jackson Barreto. Privatizar não é solução. Várias cidades importantes do mundo, como Berlim, Paris e Buenos Aires, estão retomando os serviços de água e saneamento pelas experiências desastrosas que tiveram com a privatização”, explica Passos, destacando que fez esse mesmo debate na Câmara Municipal de Itabaiana, com forte apoio dos vereadores, e que pretende ir a outras casas legislativas do estado dialogar com os parlamentares e com a população.

“Defendemos a água e o saneamento como direitos humanos, indispensáveis à vida e à saúde, e que não podem ser tratados como mercadoria e servir de lucro para alguns. A Deso cumpre uma função social que empresas privadas não vão cumprir”, alerta o sindicalista.

Ainda segundo Sérgio Passos, o diálogo com os vereadores de Aracaju é de extrema importância porque a Capital, hoje, é responsável pela maior parte da arrecadação da Deso e, na Lei Orgânica do Município, está assegurado que os serviços de fornecimento de água e esgotamento sanitário devem ser prestados exclusivamente por empresa pública.

“Neste sentido, vamos estar também reforçando, junto aos vereadores, a manutenção dessa garantia na Lei Orgânica. Sem Aracaju, nenhuma empresa privada vai querem assumir a Deso, justamente porque só estarão de olho no quanto poderão tirar de lucro”, enfatiza Sérgio.

Ato público

E na quarta, 22, Dia Mundial da Água, o SINDISAN, junto com várias entidades do movimento sindical e social, estará na sede da Deso, na Rua Campo do Brito, a partir das 8 horas, realizando um ato público contra a privatização da Companhia. De acordo com Neemias Amancio, diretor de Comunicação e Relações Sindicais do sindicato, várias representações de trabalhadores, da sociedade civil organizada e políticas já se somaram à luta do sindicato e confirmaram presença no ato em frente à Deso.

“Entendemos que o dia (Mundial da Água) é bastante simbólico para a realização dessa manifestação, que não será só do SINDISAN, mas de várias representações sociais que entendem, como nós, que privatizar a nossa companhia de saneamento será um golpe contra a população, em especial, a mais pobre, que paga tarifa social. Essa luta não é só nossa, é da sociedade, porque o que está em jogo em um bem precioso, vital, insubstituível e muito maior que a ganância de alguns. Estamos falando da água, sem a qual nenhum ser vivo sobrevive. Como pode alguém querer colocar esse bem de todos sobre o controle de uma minoria, que só vai estar de olho no lucro? Não podemos aceitar. Vamos continuar firmes nessa luta. A Deso é do povo sergipano e deve continuar sob controle do Estado, que deve defender o interesse da população, não de empresas privadas”, enfatizou Amancio.

Ainda segundo ele, após o ato em frente à sede da Deso, o grupo seguirá em caminhada, pelas ruas da Capital, em direção à Assembleia Legislativa, onde está previsto um grande ato de encerramento em defesa da Deso como patrimônio público dos sergipanos e contra a sua privatização.

 

Para a OAB/SE, privatização da DESO é questionável juridicamente

Escrito por Assessoria de Imprensa Publicado .

Em audiência pública realizada pela Seccional de Sergipe da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB/SE), na tarde de ontem (13), com forte mobilização feita pelo SINDISAN, o presidente da Ordem, Henri Clay Andrade, defendeu  a água e o saneamento básico como bens fundamentais da sociedade. Para ele, a tentativa do Governo Federal de privatização dos serviços municipais e dos bens da sociedade civil organizada tem constitucionalidade duvidosa.

“A intenção do Governo Federal de colocar o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social à frente de organização e da captação do procedimento de privatização nos estados brasileiros é de constitucionalidade duvidosa, porque nós vivemos em um país em que estados e municípios têm sua autonomia jurídica, política, administrativa e econômica”, asseverou.

Para Henri Clay, o projeto do Governo Federal via BNDES encurrala os estados com uma chantagem velada e oficializada, no sentido de que, para receber verbas federais, os estados terão que obrigatoriamente privatizar, no caso de Sergipe, não só a DESO, mas também o BANESE, bem como não mais conceder aumento aos servidores públicos e não mais fazer concurso público.

A privatização da DESO é um tema polêmico porque muitos sergipanos estão insatisfeitos com a prestação dos serviços da Companhia. Mas seria a privatização o caminho correto para resolver essas insatisfações? Ou não seria mais eficiente e inteligente reestruturar a DESO e investir na gestão para reestruturar e melhor atender os anseios da população”, indagou Henri Clay.

Debate aberto

Em uma discussão sobre a viabilidade técnica e jurídica da privatização da Companhia de Saneamento de Sergipe – DESO, juristas, especialistas, parlamentares, membros da sociedade civil organizada e representantes de entidades jurídicas sergipanas e de movimentos sociais e sindicais do Estado colocaram em debate as consequências sociais e econômicas da medida.

De acordo com o especialista no assunto, o engenheiro Aberlado de Oliveira Filho, um dos palestrantes da audiência pública, há um processo mundial contra a desestatização dos serviços de saneamento básico em cidades e municípios onde os serviços foram privatizados.

“Esse processo fez até com que o Banco Mundial entendesse que as privatizações fracassaram e não conseguiram atingir a tão protelada universalização”, contou. “O Governo Federal e o Governo de Sergipe estão na contramão da história. Quando o Governo tem compromisso e prioriza a sociedade, é possível uma empresa pública prestar um serviço de qualidade”, disse.

Em sua fala, outro especialista no assunto e palestrante, Pedro Romildo Pereira dos Santos, abordou os desafios e o futuro do saneamento no atual contexto do Brasil e as políticas públicas para o setor, onde a iniciativa privada quer entrar mas sem investir capital próprio. Abordou também as falsas promessas das privatizações, o baixo desempenho das empresas privadas no setor de saneamento, as disputas sobre custos operacionais, o aumento das tarifas, os priejuízos para a população, entre outras abordagens.

Para ele, a audiência pública foi extremamente importante porque oportunizou o entendimento de que a privatização é extremamente nefasta para a população de Sergipe. “As pessoas saíram daqui com mais informação e conhecimento de que o saneamento é direito humano fundamental, um elemento vital à vida das pessoas e não pode ser privatizado”.

Já o presidente do SINDISAN, Sérgio Passos, afirmou que a privatização da Companhia é motivo de grande preocupação.

“A DESO é uma empresa que tem um cunho social muito grande. Além da demissão dos trabalhadores, a privatização gerará a falta de acesso às tarifas sociais, que são pagas por 60% dos sergipanos.  Somos contrários à privatização da DESO. A água é um bem essencial que deve ser universalizado e não transformado em mercadoria. Os trabalhadores dessa categoria precisam estar unidos numa mobilização que traga o conjunto da população para o nosso lado”, argumentou Sérgio.

(Com informações da Ascom/OAB-SE)

 

OAB/SE debaterá consequências de uma possível venda da DESO

Escrito por Assessoria de Comunicação Publicado .

Na próxima segunda-feira, dia 13, a Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Sergipe – estará promovendo uma audiência pública para discutir sobre a viabilidade técnica e jurídica da privatização da Companhia de Saneamento de Sergipe (Deso) e suas consequências sociais e econômicas.

Na ocasião, farão palestras os companheiros urbanitários Pedro Romildo (CNU) e Abelardo Oliveira (ex-presidente da Embasa, atualmente na FNU).

A audiência será realizada no auditório da Ordem, localizado na Travessa Martinho Garcez, 71, Centro de Aracaju (próximo à Praça Camerino, a partir das 14h30.

O presidente da OAB/SE, Henri Clay Andrade, anunciou a realização dessa audiência pública para debater a questão da privatização da DESO ainda na audiência que foi promovida pelos mandatos da deputada estadual Ana Lúcia e do vereador Iran Barbosa, ambos do PT, em parceria com o SINDISAN, na Assembleia Legislativa do Estado, no dia 16/2.

A Ordem convida toda sociedade sergipana a participar do debate. Então, é colocar na agenda e participar!

Contra reformas trabalhista e previdenciária, todos às ruas dia 15

Escrito por Assessoria de Comunicação Publicado .

Todas as centrais sindicais do Brasil estão chamando um dia de paralisação nacional no dia 15 de março contra as reformas Trabalhista e Previdenciária. Este dia será decisivo para o futuro da classe trabalhadora, pois será uma batalha por direitos conquistados com décadas de luta. O objetivo é que trabalhadores de todas as categorias se mobilizem.

Com certeza, existem e sempre vão existir diferenças entre as várias correntes do movimento sindical. Mas, a hora é de unidade contra um inimigo maior: Michel Temer e seu plano de fazer o Brasil retroceder cem anos.

Se a reforma da Previdência passar, um trabalhador só vai ganhar aposentadoria integral com 49 anos de contribuição. Isso, na prática, vai fazer com que muitos morram sem chegar à merecida aposentadoria. O governo diz que a previdência é deficitária, mas isso é mentira. Eles querem tirar dinheiro dos aposentados e dar aos bancos em forma de pagamento da dívida pública.

Outro retrocesso que este governo prevê é a reforma trabalhista. Se ela for aprovada, vários direitos, como a carga horária de 44 horas e as férias de 30 dias, não estarão mais garantidos. Eles poderão ser retirados mediante “livre negociação”, ou seja, os empresários poderão fazer chantagem com ameaça de demissão e obrigar os trabalhadores a abrirem mão de seus direitos.

Os trabalhadores não suportam mais a situação. O desemprego atinge 23 milhões de pessoas e as pequenas conquistas sociais estão em risco. O atual governo se mostra muito pior que os anteriores e, a cada dia, aparece um escândalo de corrupção diferente. Motivos para ir às ruas não faltam.

 

COHIDRO se reestrutura e volta a atuar com força

Escrito por Assessoria de Comunicação Publicado .

Muitos companheiros da COHIDRO já sentem no dia a dia o quanto valeu a pena lutar, junto com o sindicato, para reverter o plano do Governo do Estado de extinguir a Companhia. Também cobramos a sua reestruturação para atender as demandas nos municípios sergipanos.

Aos poucos, a atual direção vai ajeitando a casa e melhorando as condições de trabalho. Como o SINDISAN apontava, o maior problema da COHIDRO sempre foi de gestão.

Além da reforma que está sendo feita, aos poucos, na sede, inclusive com a ampliação de salas, também os Perímetros Irrigados estão recebendo reformas. Na barragem Jacarecica I, que secou com a estiagem prolongada, foi feita a primeira limpeza geral em mais de 30 anos.

E aproveitando o período de estiagem. os trabalhadores da COHIDRO estão atuando forte no Programa de Recuperação de Barragens, em três frentes de trabalho simultâneas: Frei Paulo, Poço Redondo e Cedro de São João, na recuperação de barragens de médio porte e de uso comunitário. Ao todo, serão 12 destes reservatórios recuperados em todo o Estado

Também as perfuratrizes estão trabalhando a todo vapor, perfurando poços em São Cristóvão e Simão Dias.

Enfim, parece que o goverrno Jackson resolveu ouvir o SINDISAN e os trabalhadores da COHIDRO quando diziam que a Companhia era viável e estratégica. Bastava investir. Os resultados, todos estão vendo.