Denúncias de coações continuam a chegar

Escrito por Assessoria de Comunicação Publicado .

O SINDISAN recebe diariamente dezenas de denúncias vindas de todas as Regionais do estado, via telefonema ou através da presença do próprio denunciante que se sinta prejudicada. Nós, da atual Direção do Sindicato, nos sentimos particularmente constrangidos e indignados pelo fato de a cada nova edição do nosso boletim Água Quente não termos o que publicar de positivo no tocante a ações em prol dos trabalhadores e trabalhadoras da DESO, promovidas por colegas de trabalho e que por hora assumem a condição de chefes imediatos ou até mesmo de gerentes de Regionais.

Lamentamos profundamente, porque notamos a ausência total de uma coisa fundamental que deveria sempre existir ente os trabalhadores: a solidariedade mútua, independente do cargo que ocupem.

Recebemos denúncias sérias de colegas, que citam chefes que insistem em fazer terríveis pressões psicológicas nos trabalhadores para que esses passem de seus horários normais de trabalho durante a execução de algum reparo em rede, ou até mesmo serviços de menor porte. Até aí, tudo bem, pois sabemos que existem certos tipos de serviços que, uma vez começado, só devem parar quando estiverem totalmente concluídos.

Agora, o que nos causa espanto é a maneira como alguns chefes se dirigem aos trabalhadores quando estes ficam além de suas horas normais: muitos simplesmente lhes dizem que não pagarão as horas extras trabalhadas e aqueles que se negarem a trabalhar sofrerão punições disciplinares por parte da DESO, pois a ordem vem dos chefes da sede da Companhia em Aracaju.

O SINDISAN atesta que o que há, no momento, na DESO, são muitos chefes despreparados e com pouca capacidade para comandar, olhe lá, até a si próprio, imagine ser responsável por um grupo de trabalhadores. Mas sabemos que estes companheiros não se apossaram destes cargos, alguém os empossou. Quais os critérios adotados? Pode ser qualquer um, mas, temos certeza, competência é que não foi.

O trabalhador, além de ter a infelicidade de trabalhar com um chefe desse, ainda fica taxado por alguns companheiros de trabalho, que não têm noção da realidade, como preguiçoso, complicado, resmungão e tudo mais que soe de forma pejorativa.

Todos sabem que um mau chefe, além de prejudicar o bom andamento do serviço, eleva os índices de injustiças no setor de trabalho e aumenta enormemente os riscos de acidentes devido ao alto grau de estresse vivido pelo trabalhador.

Acreditamos que tudo isto pode ser evitado. O SINDISAN está à disposição de todos para mediação desses conflitos, quando se tornar necessário.

Em Itabaiana, espertalhões usam carro de forma irregular

Escrito por Assessoria de Comunicação Publicado .

Passado quase um ano de termos publicado aqui no nosso Boletim Informativo as ações irregulares, inadvertidamente ou não, praticadas por alguns funcionários quando do uso dos carros locados pela DESO para transportar seus funcionários até os seus devidos locais de trabalho, nada mudou.

Para quem não se lembra do que foi aqui veiculado, vamos relembrar: companheiros que se sentiam prejudicados por não terem o mesmo tratamento, relataram que alguns colegas residentes em Aracaju, e que trabalham em Itabaiana, embora todos eles recebessem as devidas diárias e também as horas extras que cobrem satisfatoriamente os gastos com transporte e alimentação, se dirigiam à sede da Companhia, pela manhã, para fazer uso do carro fornecido pela DESO, quando deveriam ir diretamente para Itabaiana usando de seus próprios recursos e meios. O fato ficou depois comprovado. Interessante frisar que alguém os liberou para fazer uso dos carros locados pela DESO. Conscientemente ou não, compactuaram para que ocorresse essas irregularidades.

E voltando a realidade dos nossos dias, novas denúncias nos chegam dizendo que essas anormalidades só se avolumaram.

Para não levantar suspeitas, agora esses nossos "espertos e dissimulados” colegas - quase todos em desvio de função e exercendo cargos de certa relevância - usam uma nova estratégia: um deles, usando de ação ilegal e imoral, sendo habilitado para dirigir os carros locados pela DESO, vai diretamente para casa no final do expediente, guarda a viatura em sua própria residência e, no outro dia pela manhã, sem que ninguém veja, ele sai recolhendo os seus amiguinhos de benefício para, juntos, se dirigirem para Itabaiana sem levantar qualquer sombra de que ali está acontecendo uma ilegalidade.

E é esse tipo de trabalhador que gosta de exigir da DESO e do Sindicato que combatam todas as regalias praticadas dentro da Companhia, desde que as suas continuem. Quando os benefícios da regalia lhes atingem, aí está tudo bem; quando é para os outros, aí é inconcebível.

O SINDISAN repudia veementemente essa espécie de trabalhador e a prática desses procedimetos ilegais, e em momento algum compactua com esse tipo de comportamento desviado de boa conduta e altamente repreensível que macula toda uma categoria que a todo instante clama por igualdade de direitos.

Os perigos do individualismo

Escrito por Assessoria de Comunicação Publicado .

Todos os companheiros e companheiras deveriam saber da importância e a força que teríamos se todos marchássemos juntos em busca de um mesmo ideal. Sem a união e o apoio de toda a categoria não é possível alcançarmos vitórias em nossas reivindicações. Um dos nossos maiores obstáculos, que precisamos a todo tempo tentar evitar, é sem sombra de dúvidas o individualismo.
Sabemos que em uma sociedade capitalista o princípio moral é "primeiro cuida de ti para depois pensar nos outros".

Como o Capitalismo é um sistema econômico baseado na exploração do homem pelo homem, não é possível nele a melhoria da vida de todas as pessoas, já que há exploradores e explorados. Assim, para manter a ilusão nesse regime econômico, a burguesia procura convencer a maioria explorada de que o segredo do sucesso é "não se importar em pisar nas pessoas, nem com o sofrimento de ninguém".

Pode-se observar nitidamente esta afirmação vendo filmes, novelas, canções, revistas e jornais, como também nas escolas e universidades, onde o sistema burguês a utiliza para propagandear essa sua "moral". Por isso, é comum vermos reportagens na TV destacando pessoas que colocaram seus projeto pessoais acima de qualquer coisa, "venceram na vida e hoje vivem felizes".

Não importa quantos ficaram infelizes para que isso acontecesse ou quantos trabalhadores ficaram desempregados. O que interessa é que aquela pessoa conseguiu seu objetivo: ficou rica! Ser feliz é sinônimo de ter muito dinheiro e de poder comprar o que quiser, inclusive, o amor.

Para melhor fixar a sua ideologia, a burguesia e os seus representantes promovem a exaltação do individualismo com afirmações como a de que "o projeto pessoal é a coisa mais importante da vida de uma pessoa" e “os desejos e a vontade individual são sempre mais importantes que qualquer anseio coletivo”.

Mas seria possível esse tipo de evolução pessoal se a sociedade não funcionasse de forma coletiva?

Como seria a vida desse ser humano se a sociedade não tivesse trabalhadores atuando coletivamente e milhões e milhões de pessoas não tivessem lutado, muitas até doando suas vidas para que esse "eu-indivíduo" continuasse existindo? E que tipo de satisfação pessoal é possível quando se sabe que a cada três segundos uma criança morre de fome no mundo, que milhões de indivíduos vivem privados de água e de trabalho e os "donos do mundo" diariamente promovem guerras e assassinam centenas de pessoas" para sustentar o Capitalismo?

O individualismo é uma coisa astuta e pérfida: atrai insidiosamente o homem e a mulher para uma descida fatal. Sabemos que descer a ladeira é mais fácil que subi-la novamente, por isso o individualismo é ainda mais perigoso.

Não é raro em nossa categoria vermos companheiro/as dominados/as por esse individualismo. De repente passam a se imaginar tão bons e infalíveis que passam a teorizar que são mais importantes do que toda a categoria da qual fazem parte. Vaidosos, querem ser aplaudidos a todo instante e são contaminados por uma preguiça mental que os impede de raciocinar e de perguntar a si mesmos o que podem fazer pelos demais companheiros.

Muitas vezes se apresentam maravilhados de si mesmos e superiores a todos os outros companheiros de trabalho. Vez ou outra dizem que ainda têm muito o que aprender, mas o que pensam mesmo é que sabem mais que todos juntos. Muitos sequer comparecem ao seu Sindicato, pois não aceitam decisões tomadas de forma coletiva, não aceitam os debates, acham, infantilmente, que na hora que quiserem podem reverter todas as situações negativas em que, por ventura, caiam.

E o pior, companheiros que optam pelo individualismo exacerbado, pouco a pouco vão se afastando da convivência dos seus colegas de classe, uma vez que eles não se sentem obrigados a cumprir as decisões tomadas em assembleias e creem que sozinhos podem encontrar soluções melhores que as tomadas pela representatividade da categoria. Só temos que lamentar e pedir a esses companheiros uma reflexão profunda sobre suas ações.

Em Lagarto, trabalhadores debatem privatização e PPP’s

Escrito por Assessoria de Comunicação Publicado .

A Direção do SINDISAN reuniu, no último dia 16/04, em pleno dia de sábado, na cidade de Lagarto, dezenas de companheiros e companheiras da DESO para analisar a atual conjuntura política nacional, os riscos de uma possível implantação de PPP's no âmbito da DESO, o desmonte progressivo e programado da Companhia e outros assuntos que estão na ordem do dia. Foi uma segunda rodada de discussão sobre esses temas. A primeira foi realizada no dia 4 de abril.

A abertura da discussão foi feita pelo diretor e representante dos trabalhadores no Conselho de Admnistração. Silvio Sá, que passou informes das últimas reuniões que ocorreram e tiro dúvidas sobre o pagamento de insalubridade.

Para ajudar a fixar o tema, já que alguns colegas ainda não tinham conhecimento do grave risco que as PPP´s representam para todo os trabalhadores, principalmente os da DESO, o Sindicato convidou o Companheiro Jacaré, monitor da Escola de Formação Político-Sindical 13 de Maio, em passagem por Sergipe. Ele fez uma refinada análise da conjuntura nacional.

Nesta análise, o companheiro enfatizou o altíssimo nível do desmonte das empresas estatais patrocinado pelos governos, seja federal ou dos estados, justificando, dessa maneira, a implantação dos programas de privatização ou das danosas PPP´s.

Jacaré lembrou também que nada está sendo feito ao acaso;pelo contrário, tudo é meticulosamente planejado, inclusive quem ficará com o quinhão maior quando da entrega do patrimônio do povo, de mão beijada, ao estilo FHC.

Por fim o colega Raimundinho, da Regional Sertão, por ter participado da reunião do Coletivo de Saneamento, realizado na cidade de Campos dos Goytacazes, no Rio de Janeiro, fez uma belíssima explanação do que foi discutido por lá; citou o próprio caso daquela cidade, onde a tarifa de água, em pouquíssimo espaço de tempo, quase quadruplicou. Mesmo assim o fornecimento de água só é dado duas vezes por semana.

Há de se refletir muito antes de entregar um serviço essencial à população nas mãos de capitalistas inescrupulosos, que só pensam no lucro fácil, pouco se importando de que muitos perecerão sem o acesso ao tão precioso líquido.

Ainda  nos debates, um companheiro da Regional falou da triste situação enfrentada por todos que trabalham nos serviços de rua, sem fardamentos para trabalhar, se virando como podem, chegando às vezes a comprar serras, fitas veda-roscas e outros materiais necessários para tocar os serviços diários.

Também foi citado o alto grau de insatisfação demonstrado pela população em relação aos serviços prestados pela Companhia, alertando que a concessão do serviço se encontra sub judice; mesmo assim, a direção da DESO hora nenhuma se esforça para que seja feito algo que se possa reverter a situação.

Em Lagarto, trabalhadores
debatem privatização e PPP’s

Manifesto aos Urbanitários e ao Brasil

Escrito por FNU Publicado .

A Federação Nacional dos Urbanitários e a Confederação Nacional dos Urbanitários (FNU/CNU) sempre se posicionaram nas lutas em defesa da classe trabalhadora e na defesa da democracia. Diante desse cenário da crise política no País não poderia se esconder da luta.

Sempre lutamos por melhores con­dições de trabalho, melhores salários, concurso público, contra o sucateamento e a privatiza­ção das empresas. Lutamos nas mais diferentes condições. Resistimos à ditadura militar, contra governos neoliberais e em governos populares. Nunca nos furtamos de lutar, seja em períodos de bonança ou em períodos de crise.

Mas há neste momento uma frente de luta mais do que necessária e urgente. Precisamos lutar pela manutenção dos avanços trabalhistas, con­quistados com muito suor ao longo de décadas e que agora, mais do que nunca, estão seriamen­te ameaçados pelo conjunto de parlamentares mais conservadores e reacionários do Congres­so Nacional desde o golpe militar de 64. Parla­mentares esses, em grande número, de situação e oposição, envolvidos nos recentes escândalos de corrupção.

Entre as propostas defendidas e aprovadas, em tempo jamais visto, por esse conjunto de par­lamentares corruptos está à privatização de to­das as empresas públicas no Brasil através do Projeto de Lei do Senado 555/15, a terceirização total no setor público representado pelo Projeto de Lei 4330/15, bem como a exclusão da Petrobras de participar da extração do petróleo no pré-sal defendido no Projeto de Lei 131/15, que prejudicará seriamente os recursos destinados à saú­de e educação.

 A aprovação destes projetos de lei e a possibilidade da efetivação do Golpe terão impacto direto no ramo urbanitário. A luta contra as PPPs no saneamento, que tem mobilizado os sindicatos em todo país, sofrerá um forte revés, com a possibilidade real de privatização das empresas públicas, com demissões em massa e o aumento brutal das terceirizações, condenando também milhões de brasileiros à exclusão dos serviços de água e esgoto.

No setor elétrico o Sistema Eletrobras que vem sendo alvo da cobiça através tentativa de venda das suas distribuidoras de energia, será alvo de uma privatização mais ampla, ou seja, as empresas de geração e transmissão de energia, entrariam na lista de venda dos seus ativos. Os trabalhadores das empresas privadas de energia, que sofrem no dia a dia com a terceirização nas atividades fins, terão seus postos de trabalho ainda mais ameaçados, com o ataque aos direitos trabalhistas. Portanto, o momento é de luta e mobilização de todos os trabalhadores urbanitários.

Outra importante frente de luta que os traba­lhadores e trabalhadoras precisam se engajar é a defesa da democracia. Concordemos ou não, é preciso que se respeite o resultado das urnas. O devido processo legal, a ampla defesa, o direi­to à informação com imparcialidade e a isenção judiciária são garantias constitucionais que pre­servam o estado democrático de direito.

Não é porque estamos passando por uma crise internacional severa, e por sucessivos erros co­metidos pelo governo da Presidenta Dilma Rous­seff que se justifica um processo de impedimento. No presidencialismo, a única hipótese de afasta­mento do presidente é pelo cometimento de crime de responsabilidade, fato inexistente no momen­to. Destituir um presidente por falta de populari­dade ou por não gostar dele é sim um GOLPE.

Esse ambiente golpista insuflado por figuras como o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, utilizando o justo repú­dio popular à corrupção, visa cassar os votos de mais de 54 milhões de brasileiros e destituir uma presidenta legitimamente eleita, contra a qual não há nenhuma acusação formal de crime de responsabilidade.

A responsabilização dos corruptos e corrupto­res é necessária e defendemos, mas de forma que todos sejam investigados. Não se trata de defender um gover­nante. O que está em jogo é o processo democrá­tico, onde todos são iguais perante a Lei. Ninguém é e nem pode ser superior à Constituição.

O jogo sujo pela conquista do poder por golpes no Brasil é usual. Em 1954, o principal mote da campanha contra Getúlio Vargas foi à corrupção. No governo JK, novamente as forças do atraso o acusaram de corrupto e em 1964, finalmente esses golpistas conseguiram derrubar o presidente cons­titucional João Goulart, mergulhando o País numa ditadura de 21 anos.

Não há espaço para ingenuidade no momento. Essa tentativa de GOLPE nada tem a ver com com­bate à corrupção. Se tivesse não estaria sendo capi­taneada por alguns dos mais notórios corruptos do País. O objetivo dessa ruptura democrática é impor uma agenda perversa aos trabalhadores e trabalha­doras, que de tão nefasta necessitará de forte re­pressão para ser implementada. Vale lembrar que há no Congresso Nacional mais de 50 Projetos de Lei que, de alguma forma, atacam os direitos dos trabalhadores.

Na linha sucessória da presidenta Dilma está Michel Temer e também Eduardo Cunha. Ambos defendem e atuam para a aprovação em tempo recorde dos projetos mencionados anteriormente, que são alta­mente nocivos para o Brasil e para a classe traba­lhadora.

GOLPE não é contra a presidenta Dilma, o GOLPE é contra você, trabalhador. É contra a pró­pria existência das empresas estatais e os setores essenciais para a sociedade, que estarão ameaçadas, e junto com elas o seu emprego e a sua liberdade de lutar por melhores condições de trabalho.

Cabe a cada um de nós trabalhadores e trabalhadoras, lastrea­dos na nossa história que foi forjada na luta, e que nos deixou um legado de preservação das empre­sas, das fundações, de conquistas e direitos, que possamos nos despir de vaidades e juntar forças a todos que defendem a democracia, o estado de di­reito e querem construir um Brasil melhor para todos.

Assim, a FNU/CNU convoca todos os trabalhadores e trabalhadoras urbanitários das áreas de energia, saneamento, meio ambiente e gás a se engajarem na de­fesa da Democracia e contra o golpe.

Vai ter democracia. Não vai ter golpe! VAI TER LUTA!